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Filosofia Karate JKA



Falece uma das maiores lendas do Karatê Shotokan HIROKAZU KANAZAWA 


No salão paroquial do Santuário N.S Aparecida 1991-1992. Foto by: Cardoso




Resultado Geral no II Campeonato Panamericano de Karatê JKA 2019




NOTA DE FALECIMENTO: PADRE FRANCISCO PROSKE




FELIZ DIA DOS PAIS À TODOS OS PAIS OSS AULA ESPECIAL DE ORIGAMI




Dia de cineminha. Jka Assoc Araponguense, Projeto Karatê solidario




Resultados do teste de Tempo de Reação




TREINO DE HOJE E NOVOS EQUIPAMENTOS





AGRADECIMENTOS





KARATE NA AZEVEDO COMBAT





Tecnicas antigas karate jutsu esquecidas raridade





Exame de faixa na Associação Araponguense Karate 






Da parte dos treinos funcionais e de circuito








CAMPEONATO MUNDIAL JKA IRLANDA 2017 GICHIN FUNAKOSHI INTERNATIONAL CUP 2017







KARATE PARA CRIANÇAS AGORA NA AZEVEDO COMBAT E IRON LIFE CONFIRAM !!
















KARATE BRASILEIRO DE LUTO - FALESCEU HOJE NOSSO MESTRE SENSEI YASUYUKI  SASAKI






Volta aos treinos ontem 👏👏

 

 

CURSO TÉCNICO KARATE SHOTOKAN JKA ACADEMIA ZANSHIN





Entrega ao nosso ilustre Sensei Sasaki, o diploma de 8° Dan outorgado diretamente da JKA Matriz do Japão

 

 

BENEFICIOS DO KARATE

 

 

FILOSOFIA DE KARATE DA JKA

 

 

Novos Equipamentos 



O VERDADEIRO DIA DO KARATE

 

 

CHEGARAM NOVOS EQUIPAMENTOS DE TREINO

 

 

INICIO DE ESTÁGIO DE ED FISICA DO PROF FABIO




Certificado da Filiacao de nossa academia e as carteirinhas dos atletas



I Campeonato Brasileiro de karate unificado

 

 

CARTA DO SENSEI  SASAKI

 

 

INSTRUTORES INTERNACIONAIS, DIRETORES TECNICOS JKA

 

 

 

ANIVERSARIO DE O'SENSEI GICHIN FUNAKOSHI



TREINO NA ACADEMIA KIME JKA EM APUCARANA PARTICIPAÇÃO JKA ASSOC ARAPONGUENSE OSS

 

TREINAMENTO DA SELEÇÃO BRASILEIRA JKA PARA O SULAMERICANO JKA

 

ANIVERSARIO DO PADRE ODAIR


FAIXA PRETA


FELIZ DIA DOS PAIS À TODOS PAIS

 

PONTO DE VISTA

 

Primeira aula de Karate da Sah


KIHON, KATA, KUMITE

 

O KUMITE NOS REVELA ATRAVEZ DO OPONENTE

 

Parceiro de treinos de Lyoto analisa derrota para Yoel Romero e pede: "Volte às origens"

 

 

Ganhando ou perdendo sempre será um grande guerreiro campeão !!! Oss !!!

 

 

OSS - SIGNIFICADO

 

 

Campeonato Sul-Americano de Karate-Do Shotokan JKA Barueri 2015



Giri, Gamam, Ganbaru e Gisei



FELIZ DIA DOS NAMORADOS

 

 

NAKA TATSUYA (KURO OBI) E JACKIE CHAN




O KARATE MUDA SUA VIDA PARA MELHOR





Machida sensei a os 18 anos.




FELIZ DIA DAS MÃES À TODAS AS MÂES




TRADICIONAL X JKA X WKF



Princípios que norteiam os nipônicos


FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER A TODAS AS MULHERES


Atividade física em excesso causa acúmulo de radicais livres  Ao longo dos anos isto pode levar a perda da força natural e resistência  ARTIGO DE ESPECIALISTA


SIGNIFICADO DE SENSEI


10 Diferenças entre Karatê Japonês e Karatê de Okinawa


ANIVERSÁRIO DE GICHIN FUNAKOSHI

 

DIA MUNDIAL DO KARATE

 

SIGNIFICADO DE "OSS"


 

Delegação de Professores do Brasil na capacitação semestral da Jka do Japão

 

 

FELIZ DIA DOS PROFESSORES

 

 

QUEM CONHECE CONFIA

 

 

Brasil e Japao no treino de hoje! 

 

 

Treinamento de Karate da Seleção Brasileira JKA no Japão para o mundial JKA

 

 

Viva a Senhora Aparecida!!! Viva nossas crianças!!!

 

 

Sensei Yasutaka Tanaka (o "Shihan do Brasil"), completa 78 anos

 

 

Inauguração do Centro Pastoral Divino Mestre Local de treinos de Karate AANKK

 

 

Treino e visita do prof. Fabio Takimori da Associação Araponguense de Karate à Associação Sertanopolense de Karate

 

 

LUTO

 

 

O PROFESSOR DE KARATE

 

 

RANKING MAIORES MEDALHISTAS JKA e Ranking maiores medalhistas Tradicional

 

 

 

Feliz dia dos Pais




O Pico da Montanha é onde estão os meus pés.: Eu POSSO perder tudo

 

 

 

Unificação do Karate

 

 

32 ANOS DA ASSOCIAÇÃO PROCOPENSE DE KARATE

 

 

ÁRVORE GENEALÓGICA KARATE JKA - PRINCIPAL

 

 

Mas como viver sem planejar, sem ter objetivos?

 

 

KARATE DO ARTE MARCIAL, SABEDORIA E AMIZADE

 

 

THE DRAGON LYOTO MACHIDA

 

 

Dicas de saúde

 

 

Página da JKA Japão

 

 

O sofrimento vem do apego, não do amor 

 

 

Quando a pessoa é caprichosa a simplicidade se transforma

 

 

O Pico da Montanha é onde estão os meus pés.: Seres sencientes

 

 

Homenagem à Nivaldo Ferreira: Pra sempre um vencedor

 

 

O Professor de Karate

 

 

A toda ação há sempre uma reação oposta

 

 

Entrega de presente da AANKK ref a  retribuição à Clinica Yamashita

 

 

Curiosidade: Qual a diferença entre samurais e ninjas?

 

 

Treino e Exame de Faixa na Associação Londrinense de Karate

 

 

Visita à convite de Amigo de Cambira ao torneio AKCL Borjão Karate Tradicional

 

 

 

Karate

 

 

 

Parabéns à todas as Mulheres

 

 

 

WEIDMAN vs MACHIDA

 

 

 

Gashuku de Carnaval ALNKK 1 e 2 de Fev 2014 18 hs de Karate

 

 

 

Significado de "Oss"

 

 

 

Aproveite sua vida com alegria

 

 

 

Vitor Belfort está fora do UFC 173 e Lyoto Machida será seu substituto contra Chris Weidman

  

Fans of shotokan karate kata

 

 

Machida vence duelo no UFC Jaraguá do Sul e se credencia para disputar o cinturão dos médios

 

 

 

A vida se mostra a cada passo

 

 

GoLyoto‬

 

 

Mais um parceiro nosso conquistando Reconhecimento da Preta Shodan JKA Japão

 

 

I Curso de Defesa Pessoal Policial da ALNKK

 

 

Superstições japonesas

 

 

“Cuidado com os burros motivados”

 

 

Tudo preparado para entrega de presentes. Pessoal não faltem na proxima semana pois encerraremos o ano com chave de ouro. Oss

 

 

Sensei Silveira em Associação Brasiliense de Caratê - ABC (Templo Budista)

 

 

Bonekay em Cornélio 01.12.2013!!!

 

 

Inauguração do novo Dojo e Bonekai da Ass. Sertanopolense Karate Video

 

 

Você Esporte Clube - Karatê 3ª idade - Bl. 1 - 23/11/13

  

 

Bonekai da Ass. Sertanopolense de Karate !!! Fotos

  

 

Karatê na terceira idade

 

 

Karate para mulheres, crianças, jovens e adultos, é saúde

 

 

Significado das Faixas do Karate

 

 

A invasão dos Mestres e professores.

 

 

3 Torneio JKA SC Open de Karate Shotokan 

 

 

ANIVERSARIO DE GICHIN FUNAKOSHI 

 

 

GRADUAÇÃO NO KARATE

 

 

O Karate de Sensei Asai é diferente!

 
 
Apresentação de Karate ALNKK no 2° JAPAN FEST CULTURAL Pça Tomi Nakagawa 27/10/2013  


zazen - 27/outubro
 
 
1º Encontro Técnico 2013 - POWER / ASKT / ISKF   
 
 

Video da Luta: Lyoto Machida x Mark Muñoz

 

 

Karate menos tempo e mais resultado - Pesquisa

 

 

Conduta de um Karateca no Dojo

 

 

Especialistas explicam como joelhos funcionam e como evitar lesão e dor

 

 

 

Qual a função da meditação?

 

 

 

O barco vazio. Como diminuir o ego?

 

 

 

FELIZ DIA DOS PROFESSORES

 

 

 

Feliz dia das Crianças

 

 

 

 

Curiosidades da nossa pagina

 

 

Temos leitores dos EUA, Russia...




 

07 de Outubro Dia Mundial do Karate

 

 

Veja...

 

 

 

 

Paulo Urquisa e a Faixa Preta!



 

Meditação faz bem pra todo mundo!

Veja a Matéria...

 

Quando como como

Veja a Matéria... 

 

 

Quem realmente nos engana

 

Leia...

  

6 Anos da Associação Sertanopolense de Karate



Veja a matéria...
 
Carta deixa pelo Sensei Hiraishi para o Israel,Germano e Academia e Carta da senhora Missako Hiraishi (Esposa do Sensei Kiichi Hiraishi)





Os dias passaram voando, que pena já chegou o dia da despedida!
Não foram muitos dias de treino, mas o que vocês acharam?
Como outras vezes repeti várias vezes sobre posição baixa e kihon.
Lembrar e treinar, lembrar e treinar, isso que é treino!
Se pelo menos uma, ou um grupo de pessoas conseguir executar certinho, aumentará bastante o nível do pessoal.
Como digo sempre, é preciso melhorar a postura;Zenkustsu-dati, Kokutsu-dati, Kiba-dati, posição do pé, joelho, cotovelo, waki, respiração e imaginação, fazer tudo corretamente.
Se tiver alguma dúvida, o professor Silveira saberá responder corretamente.
Tomico-san, Sumaru-san, Aurea-san, obrigado pela refeição e dedicação. Gostei muito de ter ido para o Thermas, esquentou meu corpo e alma (obrigado).
Wellington, achei você dessa vez muito mais firme, e obrigado por tudo.
Desejo a vocês muito avanço e Sucesso!
Silveira, obrigado pela dedicação e carinho durante a estadia em Londrina.
E a todo o pessoal, meu muito obrigado. Lembrarei sempre com muito carinho.
Dia 7 de setembro de 2013.
HiraishiKiichi



Para Sr. Israel
Eu era o personagem principal do legítimo filme do velho-oeste!
Correndo com carroça puxada por cavalo no meio do pasto sem fim.
Não consegui manejar os cavalos, mas foi uma experiência inédita que lembrarei para sempre.
Obrigado por ter me dado essa oportunidade. Estarei eternamente agradecido.
Brasil, terra magnífica!
Muito obrigado.

Londrina 7 de setembro de 2013.
HiraishiKiichi





Para Sr. GermaoSordi
Estou no país onde vejo, o céu e a terra, como se fosse um só!
Imensa e magnífica!
Na fazenda do Sr. Germano as plantações sem fim de cana de açúcar.
Passa o carro levantando poeiras vermelhas e passamos no meio dessas nuvens de poeiras.
O gramado verde, muito bem aparado, contrasta bem com o magnífico pôr do Sol, como se fosse um quadro desenhado no conto de fadas.
Uma noite de tantas lembranças, gostoso jantar na lareira.
Lembrarei para sempre, muito obrigado.
Londrina, 7 de setembro de 20
HiraishiKiichi


Espírito limpo como espelho se corrige naturalmente.
Espírito se responde automaticamente.
Espírito de ação instantaneamente.
Espírito disciplina se auto naturalmente.
                          77
Hiraishi
Abril do ano Hensei 24






Ocasaquinho ficou certinho para mim achei lindo. Não sei Tricotar esse ponto difícil, estou ansiosa para vestir assim que chegar o inverno. Estou achando que esse inverno não vai ser muito rigoroso, mas sim agradável sentindo que eu e meu marido estamos envolto de coração quentinho de amor e carinho de todos vocês! Quero que você expresse o meu sentimento de agradecimento a todos. Desejo saúde e felicidade sempre com esse espirito de juventude. MISSAKO HIRAISHI

 

 

Arapongas perde o "professor" Maurinho Cassitas

 

maurocassitasChega a informação de que o ex vereador, professor e apresentador de televisão Mauro Cassita (foto), faleceu na tarde desta
sexta-feira (27).
Professor Maurinho, como era conhecido, lutava há anos contra um câncer.
Em breve mais detalhes e informações relacionadas ao velório que deve reunir um grande número de familiares e amigos.

 

Fonte: Dia a Dia Arapongas

 

   YOKO GUERI

 

RESULTADOS DE LA SELECCIÓN DE PARAGUAY 8º SUDAMERICANO DE KARATE SHOTOKAN J.K.A. PARAGUAY 2013



RESULTADOS DE LA SELECCIÓN DE PARAGUAY 8º SUDAMERICANO DE KARATE SHOTOKAN J.K.A. PARAGUAY 2013

CAMPEONES SUDAMERICANOS:
SUZUKI YUTAKA, KATA INDIVIDUAL 13 AÑOS
SUZUKI ERIKA, KATA INDIVIDUAL 11 AÑOS
PARAGUAY, KATA EQUIPOS FEMENINO 15-16 AÑOS (ARANDA SARA, VAZQUEZ ROCÍO, SACHELARIDI ROCÍO)
SUZUKI YUTAKA, KUMITE INDIVIDUAL 13 AÑOS
ARANDA ÁNGEL, KATA INDIVIDUAL MASCULINO 14 AÑOS
SERVÍN ADOL, KUMITE INDIVIDUAL 14 AÑOS
SUZUKI ERIKA, KUMITE INDIVIDUAL 11 AÑOS
SERVÍN LEILA, KUMITE INDIVIDUAL 15-16 AÑOS
PARAGUAY, KUMITE EQUIPOS FEMENINO 17-18 AÑOS, LARROSA AIMI, SERVÍN JENIFER, ALBORNO BELÉN, SERVÍN LEILA.

SUB CAMPEONES SUDAMERICANOS;
LARROSA AIMI, KATA INDIVIDUAL 17-18 AÑOS
TANIKAWA KEIGO, KUMITE INDIVIDUAL 12 AÑOS
PARAGUAY, KUMITE EQUIPO 15-16 AÑOS, GIMENEZ MATHEUS, AGUILERA HUGO, RIQUELME JOSÉ
ARANDA SARA, KUMITE INDIVIDUAL 14 AÑOS
LARROSA AIMI, KUMITE INDIVIDUAL 17-18 AÑOS
PARAGUAY, KUMITE EQUIPOS ADULTOS FEMENINO, FRANCO MAGALÍ, SERVÍN JENIFER, BENITEZ NATALIA, ZORRILLA LUCIANI, ESTIGARRIBIA MARGARITA, MARTINEZ ANA.

3º PUESTOS SUDAMERICANOS:
ISASA MARCELO, KATA INDIVIDUAL 11 AÑOS
JAEGER EMILIO, KATA INDIVIDUAL 14 AÑOS
GIMENEZ RAIZZA, KATA INDIVIDUAL 11 AÑOS
AGUILERA HUGO, KUMITE INDIVIDUAL 14 AÑOS

MEDALLERO ORO POR PAÍSES
1º: ARGENTINA (18 MEDALLAS DE ORO), 17 DE PLATA y 14 DE BRONCE (49)
2º: PARAGUAY (10 MEDALLAS DE ORO), 6 DE PLATA y 9 DE BRONCE (25)
3º: BRASIL (7 MEDALLAS DE ORO), 9 DE PLATA y 15 DE BRONCE (31)
4º: CHILE (6 MEDALLAS DE ORO), 3 DE PLATA y 15 DE BRONCE (23)
5º: URUGUAY (1 MEDALLAS DE ORO), 4 DE PLATA y 6 DE BRONCE (11)
6º: VENEZUELA (0 MEDALLAS DE ORO), 1 DE PLATA y 2 DE BRONCE (3)
7º: PERÚ (0 MEDALLAS DE ORO), 1 DE PLATA y 1 DE BRONCE (2)
8º: BOLIVIA (0 MEDALLAS DE ORO). 0 DE PLATA y 0 DE BRONCE (0)

De acuerdo a las normas deportivas internacionales se clasifica a los países en el medallero por LA CALIDAD, NO POR LA CANTIDAD. Valen mas las medallas de oro obtenidas, o sinó un país con 10 medallas de bronce le ganaría a otro con 9 medallas de Oro.







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O que mais te surpreende na humanidade

 

 

 

 

 

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Certo e errado existem para operar neste mundo 

 



4) Em minha mente, não existir bom ou ruim é muito difícil de entender. Qual o principal objetivo então, destruir a dualidade ou compreendê-la e saber de sua existência?

Saikawa Roshi – Nossa mente precisa de dualidade para entender as coisas. Para entender sua vida diária você precisa de sua mente dual. Sem usar a dualidade você não conseguiria operar nesse mundo, você precisa julgar certo ou errado, bom ou ruim. Para tentar explicar eu usei a metáfora do transplante, mas para realmente entender você vai precisar de uma experiência e é por isso que fazemos Zazen.

5) Como posso cortar a raiz do sofrimento se ela não é minha?

Saikawa Roshi – Na nossa vida diária dizemos “meu corpo, meu sangue, meu rim, minha mente e minha opinião”. Você precisa ver verdadeiramente a raiz dentro de você, por que você diz “meu sofrimento”. Estamos tão tenazmente agarrados ao nosso “eu” que não percebemos que se temos um sofrimento, este é só do ”eu”.

De qualquer maneira estamos sentados e podemos apreciar o zazen, mesmo que sentados não há julgamentos do tipo “gosto e não gosto”, podemos simplesmente apreciar o zazen. O zazen nos ensina. Por favor, participem dos retiros, façam zazen. A gentileza das pessoas que frequentam as Sanghas é muito importante porque faz com que outras pessoas que venham à Sangha encontrem um lugar de paz e harmonia. Para criar paz e harmonia, pratiquem zazen e tentem ser um com os outros. Essa atmosfera de paz e harmonia vindas de cada um de vocês é muito importante para a Sangha. Por favor, aproveitem cada momento de suas vidas. Muito obrigado


 

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Treino Especial em ILHA em Jataizinho Presença especial Mestre Kiichi Hiraishi

 

Veja Fotos...



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Budismo, Ioga e cristianismo





P: Haveria no Yogacara alguma coisa semelhante aos oito passos, assim chamados no Ioga de Ashtanga?

Venerável Dhammadipa – Não exatamente, mas a Escola Yogacara tem muitos aspectos similares aos Sutras de Patanjali. Você poderá observar diversas influências mútuas entre eles sendo que possuem um dialogo entre si muito maior do que normalmente é visto e aceito. Não há muitos bons estudos sobre esse assunto, o que é uma pena, pois essa área deveria ser melhor explorada. Essas tradições do Yoga na Índia têm mais inter-relação do que se imagina. Esse sectarismo não foi muito
encorajado na Índia. Se você visitar um lugar chamado Ellora, na Índia, irá observar lugares de iogues hindus Budistas e Jainistas vivendo lado a lado. Há relatos de viajantes chineses que visitaram a Índia e de praticantes Mahayana e Hinayana que viviam juntos nos mesmos monastérios lado a lado com os iogues hindus sem problema algum. Essa visão sectária surgiu muito tempo depois, principalmente após a invasão do Islã. Diferentes tipos de religião tentam se proteger, por isso essa abertura se perdeu.

Seria muito importante para o ocidente não estudar o Budismo de forma a evidenciar uma separação, mas sim uma união. Há uma tendência de cada escola criticar a outra e isso deveria ser evitado favorecendo o diálogo entre cada praticante das diferentes escolas. É muito importante também o diálogo com o Cristianismo que tem grande poder no ocidente. Diversas idéias são muito similares e o Cristianismo poderá se beneficiar muito com o estudo do Budismo. A China se tornou a segunda terra mãe do Budismo e daí se espalhou para Japão, Coréia etc. Um acontecimento que colaborou para tornar o Budismo forte foi seu dialogo com Confucionismo e Taoísmo e o Zen é um produto desse diálogo, que dessa forma, tornou-se acessível aos Taoístas e Confucionistas. O Taoísmo tornou-se muito rico pela influência Budista e, da mesma forma, o Budismo na forma do Zen, cresceu muito sob a influência dessas duas escolas. Esse espírito infelizmente está se perdendo no ocidente.

Como todos sabem, no ocidente as religiões eram muito opressivas, idéias de escolas diferentes não somente não eram aceitas, como eram combatidas até mesmo com violência. O Budismo pode trazer uma atmosfera mais aberta ao diálogo e dessa forma, tornar-se mais influente não só no Brasil, mas em toda a América e Europa. Mas infelizmente quase nada é feito nesse sentido. Claro que há algumas conquistas, mas estamos muito no começo, quem sabe as gerações futuras como disse Genshô Sensei possam ser beneficiadas, mas hoje não sentimos os benefícios desse diálogo entre Budismo e outras correntes, justamente por serem muito raros. Por isso o Budismo ainda é muito pouco conhecido e vocês devem tentar fazer algo nesse sentido no Brasil.

Fiquei impressionado como as pessoas são livres e abertas no Brasil, até mesmo a religião Católica é mais aberta que em outros países. Eu já dirigi e participei de retiros em monastérios católicos aqui no Brasil, realmente as pessoas são muito abertas.








A AANKK ESTÁ CRESCENDO E AINDA TEMOS SOMENTE MAIS 7 VAGAS



















Mais 7 Vagas e Fechará a turma das 18 30 hs
Ainda temos vagas para ADULTOS ou IDOSOS para turma das 19 30 hs, todas Terças e Quintas e Domingos (opcional em Londrina)
Teremos noção de Nunchaku, Defesa Pessoal, Origami, Makiwara, Enrigecimento dos membros, Treino ao ar livre, Cursos com Mestres e academias de outras cidades, Videos publicados em nosso Blog e YouTube, Meditação Zazen e muito mais...

Façam sua inscrição na Secretaria da Paróquia N.S Aparecida
Oss




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Cinco lutas mais importantes de Lyoto Machida no UFC

 


Leia...

 

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56º Campeonato Japonês JKA – 2013

Nesse ultimo fim de semana  rolou o campeonato japones da Associçãoo Japonesa de Karate (JKA).
Infelizmente não pudemos o evento  que aconteceu no Budokan de Tokyo


Veja a Matéria...



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Quantidade de exercício praticado importa mais que frequência, diz estudo

Risco de diabetes, AVC e doença cardíaca foi igual para quem se exercita todo dia ou apenas aos fins de semana


Exercícios físicos devem ser praticados pelo menos três vezes por semana. Com certeza você já ouviu essa recomendação. No entanto, um novo estudo, realizado por pesquisadores daQueen's University, no Canada, mostra que praticar os 150 minutos semanais - recomendados pela Organização Mundial de Saúde - fragmentados durante a semana ou de uma vez só têm o mesmo impacto para a saúde. 

O estudo publicado no periódico Applied Physiology, Nutrition and Metabolism em 20 de junho. 

Os pesquisadores examinaram as informações de 2.325 adultos canadenses para averiguar como a atividade física afetava o risco para diabetes, doença cardíaca e AVC. Os pacientes usaram acelerômetros ao redor da cintura para medir todos os seus movimentos e atividade física durante uma semana. O acelerômetro é um pequeno aparelho elétrico que registra os movimentos minuto a minuto. Aqueles que praticavam 150 minutos de atividade física foram divididos em dois grupos: um de alta frequência e outro de baixa frequência. 


POR MINHA VIDA (Yahoo)





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5° festival de Karate sertanopolis




 Veja...



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ALNKK Palestra sobre alimentação



Veja o Video...




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Adapte a sua dieta ao horário de treino


Veja a Matéria...


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Shotokan - simbologia e significado




Tora No Maki     (O TIGRE SHOTOKAN)

Tigre do Shotokan é talvez um dos símbolos mais conhecidos no mundo das Artes Marciais Japonesas. A criação desta figura está naturalmente associada com a introdução do Karatê no Japão efetuada por Gichin Funakoshi.
Um dos grupos que organizou a primeira demonstração feita em território japonês foi o Clube Popular Tabata, uma respeitável associação de artistas. O presidente deste clube era um famoso artista chamado Hoan Kosugi. Para além de ser um conhecido pintor, era também poeta.
Hoan Kosugi ficou entusiasmado com o Karate de Gichin Funakoshi, vindo a ilustrar o primeiro livro de Funakoshi , com o título de RyuKyu Kempo Karate, que foi publicado em Novembro de 1922.
Foi em 1935, quando foi publicado o terceiro livro de Funakoshi, Karate-Do Kyohan, que pela primeira vez apareceu o famoso símbolo, desenhado por Hoan Kosugi.
Existem duas versões para a criação deste símbolo. Uma refere que um dos locais perto de Shuri onde normalmente Gichin Funakoshi gostava de passear e treinar era a montanha Torao, cujo nome significa cauda do tigre, daí a criação da imagem do Tigre. A outra versão, refere que Koan Kosugi considerou o livro Karate-Do Kyohan como o Tora No Maki , ou seja o documento de referência e de princípios do Karate de Gichin Funakoshi. Como Tora também pode significar Tigre, daí a escolha da imagem para ilustrar a obra.

O SÍMBOLO OFICIAL DO SHOTOKAN
O Shotokan é representado por dois círculos sobrepostos, sendo um maior e todo branco e um menor em vermelho.
O círculo branco representa a lua e o menor o sol. O sol brilha e dá luz e calor, a lua inspira a paz e o amor, e tudo isso em conjunto representa a harmonia na natureza.
Essa é a filosofia do Karate-Do: a harmonia da mente, corpo e espírito, o homem com a natureza.





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Vamos combater o Bulliyng

Veja a Matéria...
 

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Zazen

Veja a Matéria...

 
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Building a Makiwara and Board Holder

Veja a Matéria...


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KOHAI, SENPAI, SENSEI, SHIHAN, OSS, KARATE ACIMA DE TUDO É UMA ARTE...








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Consumir carne vermelha aumenta em até 20% os riscos de morte prematura


Veja a Matéria completa...





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"REFRI" NUNCA MAIS!





Na verdade, a fórmula 'secreta' da Coca-Cola se desvenda em 18 segundos em qualquer espectrômetro-ótico, e basicamente até os cachorros a conhecem. Só que não dá para fabricar igual, a não ser que você tenha uns 10 bilhões de dólares para brigar com a Coca-Cola na justiça, porque eles vão cair matando.

A fórmula da Pepsi tem uma diferença básica da Coca-Cola e é proposital exatamente para evitar processo judicial. Não é diferente porque não conseguiram fazer igual não, é de propósito, mas próximo o suficiente para atrair o consumidor da Coca-Cola que quer um gostinho diferente com menos sal e açúcar.

Entre outras coisas, fui eu quem teve que aprender tudo sobre refrigerante gaseificado para produzir o guaraná Golly aqui (nos EUA), que usa o concentrado Brahma. Está no mercado até hoje, mas falhou terrivelmente em estratégia promocional e vende só para o mercado local, tudo isso devido à cabeça dura de alguns diretores.

Tive que aprender química, entender tudo sobre componentes de refrigerantes, conservantes, sais, ácidos, cafeína, enlatamento, produção de label de lata, permissões, aprovações e muito etc. e tal. Montei um mini-laboratório de análise de produto, equipamento até para analisar quantidade de sólidos, etc. Até desenvolvi programas para PC para cálculo da fórmula com base nos volumes e tipo de envasamento (plástico ou alumínio), pois isso muda os valores e o sabor. Tivemos até equipe de competição em stock-car.

Tire a imensa quantidade de sal que a Coca-Cola usa (50mg de sódio na lata) e voc ê verá que a Coca-Cola fica igualzinha a qualquer outro refrigerante sem-vergonha e porcaria, adocicado e enjoado. É exatamente o Cloreto de Sódio em exagero (que eles dizem ser 'very low sodium') que refresca e ao mesmo tempo dá sede em dobro, pedindo outro refrigerante, e não enjoa porque o tal sal mata literalmente a sensibilidade ao doce, que também tem de montão: 39 gramas de 'açúcar' (sacarose).

É ridículo, dos 350 gramas de produto líquido, mais de 10% é açúcar. Imagine numa lata de Coca-Cola, mais de 1 centímetro e meio da lata é açúcar puro... Isso dá aproximadamente umas 3 colheres de sopa CHEIAS DE AÇÚCAR POR LATA!...

- Fórmula da Coca-Cola?...

Simples: Concentrado de Açúcar queimado - Caramelo - para dar cor escura e gosto; ácido ortofosfórico (azedinho); sacarose - açúcar (HFCS - High Fructose Corn Syrup - açúcar líquido da frutose do milho); extrato da folha da planta COCA (África e Índia) e poucos outros aromatizantes naturais de outras plantas, cafeína, e conservante que pode ser Benzoato de Sódio ou Benzoato de Potássio, Dióxido de carbono de montão para fritar a língua quando você a toma e junto com o sal dar a sensação de refrigeração.

O uso de ácido ortofosfórico e não o ácido cítrico como todos os outros usam, é para dar a sensação de dentes e boca limpa ao beber, o fosfórico literalmente frita tudo e em quantidade pode até causar decapamento do esmalte dos dentes, coisa que o cítrico ataca com muito menor violência, pois o artofosfórico 'chupa' todo o cálcio do organismo, podendo causar até osteoporose, sem contar o comprometimento na formação dos ossos e dentes das crianças em idade de formação óssea, dos 2 aos 14 anos. Tente comprar ácido fosfórico para ver as mil recomendações de segurança e manuseio (queima o cristalino do olho, queima a pele, etc.).

Só como informação geral, é proibid o usar ácido fosfórico em qualquer outro refrigerante, só a Coca-Cola tem permissão... (claro, se tirar, a Coca-Cola ficará com gosto de sabão).

O extrato da coca e outras folhas quase não mudam nada no sabor, é mais efeito cosmético e mercadológico, assim como o guaraná, você não sente o gosto dele, nem cheiro, (o verdadeiro guaraná tem gosto amargo) ele está lá até porque legalmente tem que estar (questão de registro comercial), mas se tirar você nem nota diferença no gosto.

O gosto é dado basicamente pelas quantidades diferentes de açúcar, açúcar queimado, sais, ácidos e conservantes. Tem uma empresa química aqui em Bartow, sul de Orlando. Já visitei os caras inúmeras vezes e eles basicamente produzem aromatizantes e essências para sucos. Sais concentrados e essências o dia inteiro, caminhão atrás de caminhão! Eles produzem isso para fábricas de sorvete, refrigerantes, sucos, enlatados, até comida colorida e arom atizada.

Visitando a fábrica, pedi para ver o depósito de concentrados das frutas, que deveria ser imenso, cheio de reservatórios imensos de laranja, abacaxi, morango, e tantos outros (comentei). O sujeito olhou para mim, deu uma risadinha e me levou para visitar os depósitos imensos de corantes e mais de 50 tipos de componentes químicos. O refrigerante de laranja, o que menos tem é laranja; morango, até os gominhos que ficam em suspensão são feitos de goma (uma liga química que envolve um semipolímero). Abacaxi é um festival de ácidos e mais goma. Essência para sorvete de Abacate? Usam até peróxido de hidrogênio (água oxigenada) para dar aquela sensação de arrasto espumoso no céu da boca ao comer, típico do abacate.

O segundo refrigerante mais vendido aqui nos Estados Unidos é o Dr. Pepper, o mais antigo de todos, mais antigo que a própria Coca-Cola. Esse refrigerante era vendido obviamente sem refrigeração e sem gaseificaç ão em mil oitocentos e pedrada, em garrafinhas com rolha como medicamento, nas carroças ambulantes que você vê em filmes do velho oeste americano. Além de tirar dor de barriga e unha encravada, também tirava mancha de ferrugem de cortina, além de ajudar a renovar a graxa dos eixos das carroças. Para quem não sabe, Dr. Pepper tem um sabor horrível, e é muito fácil de experimentar em casa: pegue GELOL spray, aquele que você usa quando leva um chute na canela, e dê um bom spray na boca! Esse é o gosto do tal famoso Dr.Pepper que vende muito por aqui.

- Refrigerante DIET

Quer saber a quantidade de lixo que tem em refrigerante diet? Não uso nem para desentupir a pia, porque tenho pena da tubulação de pvc... Olha, só para abrir os olhos dos cegos: os produtos adocicantes diet têm vida muito curta. O aspartame, por exemplo, após 3 semanas de molhado passa a ter gosto de pano velho sujo.

Para evitar isso, soma-se uma infinidade de outros químicos, um para esticar a vida do aspartame, outro para dar buffer (arredondar) o gosto do segundo químico, outro para neutralizar a cor dos dois químicos juntos que deixam o líquido turvo, outro para manter o terceiro químico em suspensão, senão o fundo do refrigerante fica escuro, outro para evitar cristalização do aspartame, outro para realçar, dar 'edge' no ácido cítrico ou fosfórico que acaba sofrendo pela influência dos 4 produtos químicos iniciais, e assim vai... A lista é enorme.

Depois de toda essa minha experiência com produção e estudo de refrigerantes, posso afirmar: Sabe qual é o melhor refrigerante? Água filtrada, de preferência duplamente filtrada, laranja ou limão espremido e gelo... Mais nada !!! Nem açúcar, nem sal.

Prof. Dr. Carlos Alexandre FettFaculdade de Educação Física da UFMT Mestrado da Nutrição da UFMT Laboratório de Aptidão Física e Metabolismo - 3615 8836 Consultoria em Performance Humana e Estética

**O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ ACABA DE BEBER UMA LATA DE REFRIGERANTE**
Primeiros 10 minutos:10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% do recomendado diariamente. Você não vomita imediatamente pelo doce extremo, porque o ácido fosfórico corta o gosto.
20 minutos:O nível de açúcar em seu sangue estoura, forçando um jorro de insulina. O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura (É muito para este momento em particular).
40 mpurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino grosso, aumentando o metabolismo. As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina, ou seja, está urinando seus ossos, uma das causas das OSTEOPOROSE.
60 minutos:
As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação.a tudo que estava no refrigerante, mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas das quais farão falta ao seu organismo.

*Pense nisso antes de beber refrigerantes.
Se não puder evitá-los, modere sua ingestão!
Prefira sucos naturais.
Seu corpo agradece!*

Se achar interessante, repasse.
Certamente estará fazendo bem a alguém







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Conheça oito alimentos que podem aumentar o risco de câncer

Veja a Matéria completa...
 

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Kimono Branco de Karate






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Sedentarismo pode matar tanto quanto o tabagismo, diz estudo

Veja a matéria completa...



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No Karatê, cérebro vale mais do que músculos



Lutadores mais experientes apresentaram mudanças em sua estrutura cerebral

faixa preta
O segredo do soco de um faixa preta não está nos músculos, mas na capacidade de coordenar a velocidade dos punho e ombros (Thinkstock)
O poder cerebral, e não a força bruta, pode explicar por que alguns lutadores de caratê conseguem quebrar tijolos com um simples golpe de mão. Segundo uma pesquisa publicada na revista Cerebral Cortex, os anos de treinamento em artes marciais fazem mais do moldar os músculos - eles alteram o cérebro.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Individual Differences in Expert Motor Coordination Associated with White Matter Microstructure in the Cerebellum

Onde foi divulgada: revista Cerebral Cortex

Quem fez: R.E. Roberts, P.G. Bain, B.L. Day e M. Husain

Instituição: Departamento de Medicina do Imperial College de Londres

Dados de amostragem: 12 lutadores de caratê principiantes e 10 faixas pretas

Resultado: Os pesquisadores descobriram que os lutadores veteranos conseguem coordenar melhor a velocidade do ombro e do punho, aumentando o impacto de seus golpes. Além disso, os anos de treinamento em caratê produziram mudanças em sua estrutura cerebral.
Os pesquisadores compararam golpes curtos aplicados por 10 faixas pretas em caratê com os golpes de 12 principiantes, e descobriram que o segredo dos lutadores mais experientes estava na capacidade de coordenar a velocidade máxima do ombro e do punho. Essa interação permitia maior aceleração e impacto do golpe. "Os faixas preta de caratê conseguiram aplicar seus golpes com um nível de coordenação que os principiantes são incapazes de produzir", afirmou Ed Roberts, professor do Departamento de Medicina do Imperial College de Londres e um dos autores do estudo.
Em seguida, os cientistas escanearam os cérebros dos dois grupos e descobriram que aqueles que davam os golpes mais fortes apresentavam mudanças na composição da substância branca, estrutura que transmite sinais entre as regiões cerebrais. Quanto mais prolongado for o treinamento, maiores são essas mudanças. "Concluímos que a sintonia das conexões neurais no cerebelo, região que controla a coordenação motora, permite sincronizar os movimentos do braço e do tórax de forma muito precisa", afirmou o pesquisador.
Os cientistas também descobriram que a coordenação motora, a quantidade de experiência em artes marciais e a idade de início do treinamento influenciavam  as mudanças na estrutura da matéria branca dessa região cerebral dos atletas.
(Com Agência France-Press)

Fonte: Veja





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Caminhos perigosos




Pergunta - A psicologia budista seria um caminho para a psicologia encontrar um perfil de uma atitude de não-eu? Monge Gensho - A psicologia tem seu próprio caminho. Ela é relativamente recente. Aquilo que chamamos de psicologia budista é só uma investigação a respeito dos conceitos tradicionalmente existentes no budismo sobre os assuntos dos quais a psicologia trata. Existência de consciente ou inconsciente, ou coisas assim, são abordagens muito diferentes no budismo e na psicologia.

Embora existam livros de Psicologia Budista, eu não me atreveria a chamar essas abordagens de psicologia em si, mas sim, de um conjunto de idéias e oposições, não necessariamente certas, produtos de diversas visões, porque o budismo é uma construção histórica muito vasta e não necessariamente unificada. Muitos mestres ensinaram e tiveram diferentes abordagens, com diferentes métodos, através dos tempos. Alguns métodos morreram, outros sobreviveram. Houve escolas budistas que morreram, outras sobreviveram. Então, há uma longa depuração de idéias dentro do budismo.

As ideias foram defendidas durante séculos e abandonadas, assim, como nós poderíamos dizer que “nós temos a verdade, nós estamos certos”? Não podemos dizer isso. Podemos apenas dizer que temos um bom método. E você pode experimentar o que melhor serve para você. Mas ele não é obrigatoriamente o certo, não poderíamos dizer que toda a humanidade deveria segui-lo. Por isso essa grande tolerância do budismo com todas as linhas, religiões ou métodos existentes.

Só nos opomos quando alguém me pergunta o que acho desse método que preconiza orgias para atingir a iluminação. Eu digo que, se preconiza uma coisa assim, certamente vai obter o que se deseja, mas não a iluminação. Se você quer fazer orgias, por que disfarçar isso de religião? Faça orgias. Durante mil vidas, faça orgias. Volte e faça orgias de novo. Morra por causa das orgias, sofra as conseqüências, os ódios, as brigas que vêm desse tipo de comportamento. Mas não disfarce isso de caminho espiritual.

Caminhos espirituais não passam por isso, os caminhos espirituais sérios têm outro tipo de conduta, e é fácil ver isso. Em qualquer lugar que você for e houver muito dinheiro, não é um caminho espiritual, se houver orgias, não é um caminho espiritual, se houver drogas, não é um caminho espiritual confiável. Os caminhos espirituais são diferentes. Não parece óbvio isso? Mas, incrivelmente na historia da humanidade, nos últimos anos, são justamente as propostas desse tipo que arrastam multidões. E as que forem severas, ou sérias, têm pouca gente. Isso diz muito sobre a humanidade e o que é o caminho espiritual. Se houver uma multidão, olhe com reserva.

Postado por Monge Genshô - O Pico da Montanha é onde estão os meus pés





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Karatê - Filosofia de Vida




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A ponte do meio balde


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Apenas juntamos os cacos


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A necessidade de um mestre




Pergunta: Alguns autores que eu li falam da necessidade de ter um mestre. Seria pelo fato de que mesmo para uma prática aplicada, diligente, disciplinada em algum momento aparecem obstáculos que podem afastar da prática?

Monge Genshô: Pode ser assim. E também pode acontecer outra coisa. Alguém pode, por exemplo, ver o desencanto, ver o sofrimento e mergulhar numa profunda consciência daquele sofrimento e como alguém que está preso em um redemoinho não sair mais. Ele chegou até um determinado ponto de percepção. Foi um crescimento espiritual, mas quando chegou naquele ponto houve uma estagnação. É necessário chegar até o mestre ou um bom amigo espiritual, um professor, se você tem confiança nele e fizer uma pergunta e receber um pequeno empurrão isto pode ser suficiente para sair daquele redemoinho e começar a trilhar o caminho de novo. Às vezes uma frase pode nos tirar de um grande sofrimento espiritual, de uma grande estagnação espiritual. 

Postado por Monge Genshô - O Pico da Montanha é onde estão os meus pés.




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Amor sem apego




     É muito difícil, talvez você consiga durante alguns instantes, mas quando conseguir durante um instante tente retornar para aquilo mais vezes e se conseguir durante dez segundos no zazen, é muito grande coisa! Volte para lá tantas vezes quanto puder. Como a gente volta? Não cogitando. Não significa não pensar porque você está aqui e está ouvindo. Existe algo aí. Melhor dizer: pensar além do pensar e do não pensar. O engano todo vem da atividade mental que se identifica com o eu, é por isso que nos apegamos às ilusões e as ilusões ficam nossas donas.
     Ontem vocês perguntaram se é possível viver na vida sabendo que é ilusão e ainda assim usufruir da vida. Sim e muito mais porque a alegria da vida deixa de estar cheia dos sofrimentos inerentes aos apegos. Não é a vida em si que produz sofrimento. Quem produz sofrimento é nosso apego à permanência na vida, porque desejamos estabilidade na vida, porque desejamos nos agarrar às coisas da vida. Elas são muito fortes. Nossos filhos, nossos amores, nossa casa, colocamos apego nessas coisas e elas são impermanentes, então obrigatoriamente teremos sofrimento, mas nós podemos ter profundo amor sem apego, sabendo que é transitório, impermanente e ilusório. Que é um sonho maravilhoso que estamos vivendo, mas que não tem solidez, então é perfeitamente possível usufruir e viver, e ao mesmo tempo ter uma mente livre. Ter conquistado a liberdade. Não vai haver apego, ódio, ilusão. Não vão haver as três coisas que produzem o sofrimento: o apegar-se, o ter aversão e a ilusão. 

Postado por Monge Genshô (O Pico da Montanha é onde estãos os meus pés)





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Além de todo sofrimento




Pergunta: Talidade então seria a condição para a quebra das ilusões . O aprofundamento da prática permite você vislumbrar momentos de talidade. Mas a quebra das ilusões pode gerar também um sentimento de desencanto, um sentimento desconfortável, não é? Monge Genshô: quando surge este sentimento desconfortável de desencanto é porque não fomos longe o suficiente.Pode surgir, por exemplo, na prática, um sentimento de grande tristeza. Em geral o sentimento que surge primeiro é de alegria e contentamento. Os sentimentos de tristeza surgem mais adiante, sentimentos de grande tristeza com o sofrimento do mundo, com o fato da vida na terra ser tão cheia de coisas insatisfatórias ou mesmo de maldades. Agora, isto surge porque o praticante está imerso na noção de sujeito e objeto. Então ele aqui está vendo o sofrimento lá nos outros seres. É necessário ir mais fundo porque indo mais fundo você ultrapassa a noção de sujeito e objeto. Ultrapassando a noção de sujeito e objeto surge uma noção de sacralidade de toda a existência e uma percepção de perfeição de tudo, mesmo o que parece mau, como perfeito. Dando um exemplo mais claro: nós olhamos para a vida humana com seu sofrimento, morte, desgraça e apodrecimento e todas as coisas que acontecem conosco, nós olhamos isso como terrível. No entanto essas mesmas pessoas que olham o sofrimento e a morte dos seres humanos e se entristecem, andam numa floresta no outono, quando as folhas caem, secam, apodrecem e morrem, olham para tudo como muito lindo. Uma visão iluminada verá tudo o que acontece com os seres humanos, mesmo a morte, mesmo o desfalecimento, mesmo o apodrecimento, tudo, como parte de um ciclo e um processo, como quando olhamos a floresta no outono. Sabemos que flores novas nascerão na primavera. Que as árvores todas ficarão secas, mas que isso não é triste. É muito lindo! E é muito lindo também quando a primavera surge e as flores novas surgem. Embora olhando para essas folhas saibamos que elas cairão, morrerão. Nós só vemos o sofrimento e a infelicidade no mundo porque não enxergamos o ciclo e o processo. Nós olhamos a vida com os nossos próprios olhos e vemos o sofrimento e a morte dos outros, nós vemos o espelho do que vai acontecer conosco, mas somos incapazes de enxergar todo o ciclo. E o ciclo completo não é triste. Ele é o que é sem nenhuma interpretação. Isso é talidade também. As coisas são tais como são, já perfeitas em si mesmas. Então tudo que nós vemos assim com desencanto é também uma interpretação e uma ilusão. Por isso a mente iluminada vê beleza e é profundamente feliz porque supera toda tristeza. No Sutra do Coração toda a dor e agonia desaparecem quando o bodhisattva vê a vacuidade. E enxergando a vacuidade dos agregados, vendo que tudo surge no vazio (sem nenhum eu inerente em nada, tudo interconectado e interdependente), quando o bodhisattva vê essa vacuidade, vê que tudo é fenômeno, (onda na superfície) então ultrapassa toda a dor e agonia. É difícil, eu sei, é muito sofisticado.

 Postado por Monge Genshô





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Como agir de forma compassiva?






Como agir de forma compassiva?




P: Tenho a sensação de que ao enxergarmos que o sofrimento de uma
pessoa é ilusório, a única atitude sensata seria tentar libertá-la desta
ilusão, mas para uma mente que se acostumou com suas próprias
prisões, isso parece ser mais ofensivo que o próprio sofrimento.
É como se tentar derrubar a parede da cela fosse pior do que estar
aprisionado.

Como AGIR de forma compassiva?


R:É simples e não é. Há que agir de acordo com a circunstância, no caso de ser possível somente diminuir o sofrimento agir assim, no caso de ser possível ampliar a consciência fazer isto, no caso de ser possível anular a distância entre sujeito e objeto levando a identidade do relativo e do absoluto ensinar isto, porém neste último ponto estamos falando de um estágio iluminado.




O momento presente




A civilização ocidental empresta tanta ênfase à idéia da esperança que acabamos sacrificando o momento presente. A esperança é para o futuro. Ela não pode nos ajudar a descobrir a alegria, a paz e a luz no momento presente. Muitas religiões se baseiam no conceito de esperança, e essa recomendação no sentido de evitá-la pode provocar uma forte reação. Esse choque pode, no entanto, produzir algo importante. Não estou dizendo que não devemos ter esperança, mas que a esperança não basta. Ela pode criar um obstáculo pra você e, se estiver imerso na energia da esperança, não conseguirá voltar por inteiro para o momento presente. O que seria uma lástima. Se você canalizar esta energia para uma conscientização do que está ocorrendo, no momento presente, será capaz de romper com tudo e descobrir a alegria e a paz exatamente no momento presente, dentro de si mesmo e em tudo à sua volta.


THICH NHAT HANH (mestre zen vitnamita)




Zen e artes marciais




Imagem de Manjushri Bosatsu com a espada que corta as ilusões em suas mãos.

P: Como se explica a ligação entre o zen e as artes marciais se o budismo é avesso a violência?

R: O zen budismo , onde pôde, inflenciou a cultura amenizando-a, transformando-a, Isshin Sensei explica bem em seu blog ... veja mais

fonte: O Pico da Montanha é onde estão os meus pés




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Tudo está na mente

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Querer ou não querer


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Postura en Zazen explicado por Deshimaru ||How to sit Zazen

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Onde fica o Vazio?


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"Do" ou o caminho






     Qual é o sentido dessa prática? Se você tomar como um trabalho não é nada, se tiver objetivo também vai perturbar. Tem que conseguir fazer sem eu, sem colocar o ego. Todas essas técnicas que eu estou colocando aqui são inerentes à prática do Zen e do sesshin, são estratégias para demolir o ego e por que às vezes as pessoas acham tão difícil? Porque às vezes parece que é humilhante, porque elas se sentem importantes e os professores costumam dar aos alunos não o que eles fazem bem, mas a tarefa na qual eles têm dificuldade e todo tempo você vai sendo corrigido, aí você pensa: mas tem sentido isso? Tem sentido o ritual,o movimento? Não, poderíamos mudar rituais e movimentos. E costurar é uma tarefa que pode ser usada para isto, mas trabalhar na horta também. Limpar o chão também.
     A questão é como é que nós colocamos “do”: caminho. Como colocamos “do” na tarefa. Como transformamos a tarefa em um “do”. Como transformamos em caminho porque aí é que nós começamos a ver como surge aquele sentimento. Você está fazendo a tarefa não faça só a tarefa.Olhe para dentro de si e veja: que sentimentos surgem em mim quando estou fazendo a tarefa? Eu quero ser apreciado depois? Eu quero que me digam que o trabalho é bem feito? Enquanto esses sentimentos estiverem presentes você não conseguiu. São justamente eles que nós temos que acabar sentados nas almofadas. Nós temos que fazer sem nos preocupar com nenhuma apreciação nem julgamento nem nosso nem de outro. É só fazê-lo para diminuir a força dessa identidade, que é ela que está nos perdendo e é ela que está criando o sofrimento. Criando o sofrimento através daquelas armadilhas, do apego e da aversão e da falta de consciência de que tudo isto é ilusório.

Postado por Monge Genshô - O Pico da Montanha é onde estão os meus pés




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Origem do Karate


Okinawa, ilha situada ao sul do Japão, originariamente não era território japonês. Era um reino com língua (uchinaguchi), administração e filosofia próprias. Devido à sua maior proximidade com a China mantinha com ela um intercâmbio cultural e comercial intenso.

Antes do contacto com a China, existia na ilha uma luta nativa denominada TE, que em japonês significa mão. Segundo antigos manuscritos japoneses os primeiros contactos entre os chineses e o povo de Okinawa ocorreram no período da Dinastia Tang ( 618 a 906 d.C.), quando várias missões diplomáticas, militares e religiosas visitaram a ilha.

Com o intercâmbio entre os monges budistas de Okinawa e da China ocorreram influências sobre o TE com a introdução de técnicas do Chuan Fa (Wushu).

A sedimentação deste contacto entre as duas culturas aconteceu por volta de 1372, durante o governo do Rei Kumo Sato, de Okinawa, e o imperador chinês Chu Yen Cheang, que promoveram a vinda de diversos mestres chineses, a fim de desenvolver o TE associado ao Chuan Fa. Foi nesta época que as artes marciais se alastraram na ilha.

Muitos pesquisadores do Karate, acreditam que esta arte foi formada a partir da fusão do TE de Okinawa com o Chuan Fa Chinês.

A arte marcial denominada de Kobudo, desenvolveu-se paralelamente ao Karate aproveitando os instrumentos utilizados no dia a dia dos habitantes: kama (foice), bo (bastão), eku (remo) e o nunchaku (batedor de arroz), além de algumas armas específicas, como o Sai.

Em 1609, Okinawa foi invadida por ordem do chefe do clã Satsuma, que tomou a ilha anexando-a ao território japonês.

Mesmo com o domínio tirânico dos japoneses, grandes mestres chineses conseguiram visitar Okinawa, como Kosokun (Kusanku) que ajudou a desenvolver secretamente o que seria denominado de Karate.

Deste período até o século XIX, houveram grandes mestres como Makabi Chokei, Sakugawa Shungo, Morishima Oyataka, Ginowan Cho’Ho. Foi no fim desse período que os 3 mestres responsáveis pelo Karate criaram as suas linhas, que vieram a dar origem aos estilos do Karate Moderno.

A denominação Te significava arte marcial e o nome que a antecede era a cidade em que morava o mestre fundador destas linhas:


Naha-Te da cidade de Naha,

Shuri-Te da cidade de Shuri e

Tomari-Te da cidade de Tomari.


As escolas básicas de Okinawa como Shuri Te e Tomari Te, hoje são conhecidas como o estilo Shorin Ryu e a de Naha Te como estilo Goju Ryu.


Actualmente existem quatro principais estilos de Karate de Okinawa:


Naha Te
Goju Ryu
Fundado por Chojun Miyagi


Shuri Te
Shorin Ryu e Shotokan (Shorei-Ryu)
Fundado por Tomohana Chosin, discípulo do Mestre Itosu Ankoh, em 1933

Tomari Te
Shorin Ryu
Fundado pelo Mestre Soshin Nagamine, em 1947

Kempo Chinês
Uechi Ryu
Fundado pelo Mestre Kanbun Uechi, que praticou esta arte de 1897 a 1947, na província de Fukien, a mesma do Mestre Higaonna


Os fundadores podem ser vistos na fotografia em baixo:




Estas artes foram conhecidas até o início do século XIX como Tode ou Karate, só que com o significado Mão Chinesa. Actualmente a palavra Karate significa Mão Vazia (kara=vazia e Te = mão).







HISTORIA DO KARATE EM OKINAWA






Introdução

Karatê-dô (caminho da mão vazia) ou, simplesmente, Karatê, é uma forma de budo (caminho marcial). Arte marcial japonesa originária de Okinawa, foi introduzida nas principais ilhas do arquipélago japonês em 1922. O Karatê enfatiza as técnicas de percussão atemi waza (i.e. defesas, socos e chutes) ao invés das técnicas de projeções e imobilizações. O treino de Karatê pode ser dividido em três partes principais: Kihon, Kata e Kumite.
Kihon (fundamentos) é o estudo dos movimentos básicos.
Kata (forma, padrão) é uma espécie de luta contra um inimigo imaginário expressa em seqüências fixas de movimentos.
Kumite (encontro de mãos) é a luta propriamente dita. Em sua forma mais básica é combinada (com movimentos pré-determinados) entre os lutadores para, posteriormente, alcançar o jyu kumite (combate livre ou sem regras).
O Karatê esportivo, ou combate com regras, é conhecido como Shiai-kumite.

2. Geografia

Província de Okinawa



(Okinawa-ken)

Capital Naha
Região Kyūshū
Ilha Okinawa
Área 2 271,30 km² (44.º) - % água 0,5%
População (1 de Outubro de 2000) - Total 1 318 218 (32.º)
Densidade populacional 580 hab/km² Distritos 5 Municípios 53 ISO 3166-2 JP-47



Devido à sua posição estratégica - entre a Indonésia, Polinésia,China, Coréia e Japão , se tornou um entreposto comercial. Relatos antigos apontam comerciantes e representantes Okinawanos nas cortes imperiais da China e do Japão. Historicamente, Okinawa recebeu mais influências culturais da China do que do Japão.

Antes dividida em feudos, foi unificada por Sho Hashi, que se tornou rei designando o castelo de Shuri como centro administrativo.
Invadida pelo clã feudal de Satsuma (atual Kyushu) no séc. XVI, perdeu a independência e o porte de armas foi proibido entre seus cidadãos. Relatos históricos citam que o Karatê, como arte marcial, nasceu nesta época.

Depois da Segunda Guerra Mundial e da Batalha de Okinawa em 1945, Okinawa permaneceu sob a administração dos Estados Unidos por 27 anos. Durante esse período, os Estados Unidos estabeleceram lá várias bases militares.
Em 15 de maio de 1972, Okinawa foi devolvido ao Japão.

3. Histórico da Origem do Karatê em Okinawa:

Originalmente a palavra ''caratê'' era escrita com os ideogramas (Tang e mão) se referindo à dinastia chinesa Tang ou, por extensão, a mão chinesa, refletindo a influência chinesa nesse estilo de luta.

O karatê é provavelmente uma mistura de uma arte de luta chinesa levada a Okinawa por mercadores e marinheiros da província de Fujian com uma arte própria de Okinawa. Os nativos de Okinawa chamam este estilo de ''te'' (mão). Os estilos de karatê de Okinawa mais antigos são o ''Shuri-te'', ''Naha-te'' e ''Tomari-te'', assim chamados de acordo com os nomes das três cidades em que eles foram criados.

Em 1820 Sokon Matsumura fundiu os três estilos e deu o nome de ''shaolin'' (em chinês) ou ''shorin'' (em japonês), que são as diferentes pronúncias dos ideogramas (pequeno e bosque). Entretanto os próprios estudantes de Matsumura criaram novos estilos adicionando ou subtraindo técnicas ao estilo original. Gichin Funakoshi, um estudante de um dos discípulos de Matsumura, chamado Anko Itosu, foi a pessoa que introduziu e popularizou o karatê nas ilhas principais do arquipélago japonês.

O caratê de Funakoshi teve origem na versão de Itosu do estilo ''shorin-ryu'' de Matsumura que é comumente chamado de ''shorei-ryu''. Posteriormente o estilo de Funakoshi foi chamado por outros de ''shotokan''. O karatê foi popularizado no Japão e introduzido nas escolas secundárias antes da Segunda Guerra Mundial.

Como muitas das artes marciais praticadas no Japão, o karatê fez a sua transição para o ''karate-do'' no início do século XX. O ''do'' em ''karate-do'' significa caminho, palavra que é análoga ao familiar conceito de ''tao''. Como foi adaptado na moderna cultura japonesa, o karatê está imbuído de certos elementos do zen budismo, sendo que a prática do karatê algumas vezes é chamada de “zen em movimento”. As aulas freqüentemente começam e terminam com curtos períodos de meditação. Também a repetição de movimentos, como a executada no ''kata'', é consistente com a meditação zen pretendendo maximizar o autocontrole, a atenção, a força e velocidade, mesmo em condições adversas. A influência do zen nesta arte marcial depende muito da interpretação de cada instrutor.

A modernização e sistematização do karatê no Japão também incluiu a adoção do uniforme branco (''kimono'' ou ''karategi'') e de faixas coloridas indicadoras do estágio alcançado pelo aluno, ambos criados e popularizados por Jigoro Kano, fundador do judô. Fotos de antigos praticantes de karatê de Okinawa mostram os mestres em roupas do dia-a-dia.

Uma pequena reflexão sobre a origem do Karaté





Bodhiarma

Após vários anos de investigação, pesquisa e prática deste sempre novo e fascinante Mundo das Artes Marciais em geral, e do Karaté em particular, resolvi escrever este texto, com a qual pretendo apenas elucidar aqueles que agora chegaram ou pensam vir a iniciar este apaixonante caminho ( Via / Do ) em busca da Verdade.
Ao longo do texto irei fazer algumas reflexões sobre a história do karaté que deixo à vossa consideração, dado que sobre esta matéria não existem verdades absolutas e muitos dos mais importantes escritos e documentos eventualmente produzidos se perderam ao longo da história. A sua origem está remontada em lendas transmitidas oralmente de geração em geração, uma corrente lendária muito forte, bem como os próprios japoneses consideram Bodhiharma ( 28 º patriarca do Zen Budismo, que viveu no templo chinês de Shaolin, por volta de 525 da nossa era ) como o "´Pai lendário do Karate ", tendo aperfeiçoado as técnicas de artes marciais antigas da China e do Vajramusthi Indiano.
A História das Artes Marciais perde-se no tempo, podendo nesta reflexão iniciar a redescoberta do Karaté a partir da Ilha de Okinawa, que fica no centro de um arquipélago denominado pelos chineses de RyuKyu, que se estende desde o extremo sul do Japão até a ilha de Taiwan. Okinawa com os seus 1.500 Km2 ocupa sozinha mais de metade da superfície do RyuKyu.





Ilha de Okinawa / Japão
”Oki”: que quer dizer em Japonês oceano ou grande , e “nawa”: traduz-se por cadeia, corrente ou corda , essa ilha tem uma centena de quilómetros de comprimento para uma largura de 30 a 40 Km e seu aspecto é realmente de uma corda nodosa e flutuante.
A vida em Okinawa foi sempre dura e rude, para se adaptarem ao meio naturalmente hostil (a ilha era constantemente castigada por destruidores tufões), a que o habitante de Okinawa precisou forjar a vontade, engenhosidade e a sua tenacidade , qualidades que teria que ter em dobro, face aos sucessivos invasores que pretendiam subjugá-la a todo o custo. O instinto de sobrevivência faria surgir recursos de resistência, técnicas de combates a mãos nuas (ancestrais do Karate ) ou com armas (ancestrais do Kobudô).
Okinawa tinha uma posição privilegiada, estava entre o Japão, a China e o Sudeste Asiático (Vietnam,Tailândia,etc..) com isso se tornou um porto especialmente ativo. Nessa época por volta do século XIV, a Ilha se dividia em três reinos, Chuzan era o maior deles e compreendia o meio da ilha com Hokuzan ao norte e Nazan ao Sul. Sabe-se que em 1372, o rei okinawense Satto prestou voto de obediência ao Império Chinês Ming (1368-1644) ao qual passou a pagar tributo, e em 1349 o rei Chuzan faz uma aliança com a China dando origem a um intercambio entre ambos os reinos (chineses e okinawenses). As aldeias de Naha e Shuri tornaram-se cidades comerciais prosperas, entrepostos de todos os produtos do sudoeste asiático e onde se "acotovelavam" japoneses, chineses, indianos, malásios, tailandeses, árabes, etc... É também nessa época que a china da Dinastia Ming mandou para a ilha um importante grupo de artesãos e artistas - mencionados em antigos documentos como “As 36 Famílias”. Entre estes chineses encontravam-se indivíduos que tinham conhecimento de Boxe Chinês, surgem os primeiros vestígios de Shaolim Zu Kempo ou Chuan-fa, mas nada permite afirmar que essa arte tenha oficialmente sido introduzida por "verdadeiros mestres".
Em 1429, o Rei Sho Hashi unificou Okinawa, mas a queda deste império foi determinada por Sho Shi, que temendo a repetição dos conflitos e revoluções que se espalhavam pelo sudoeste asiático lança um édito , proibindo a manufactura e manuseio de armas pela população. Isso facilitou a invasão de Okinawa pelo Clan Satsuma do Japão que após uma resistência morna em 1609 tomou o Castelo de Shuri.
Mesmo depois da invasão o comércio e intercambio com a China permaneceu inalterado e mais tarde um representante militar chinês desembarcava em Okinawa. Seu nome era Kong Shang-Kung, ele ficou conhecido na ilha como Kushaku, e era um perito no sistema de Shaolin.
Em seus seis anos em Okinawa Kushaku ensinou o sistema ( To-te ) a dois okinowenses, Mestres Sakugawa e Kitan Yari. To-te começou a ser chamado karate na primeira metade do século XX, e embora a sua introdução tenha sido uma continua evolução, muito do karate que é ensinado hoje em dia, ao contrário da crença popular, está baseado no Boxe Chinês (principalmente da área de Fuchou ) e que foi trazido para Okinawa entre 1850 e 1950, alcançando o seu pico de introdução no final do século XIX.
Em 1669 o Clan Satsuma proibiu o uso de qualquer arma a não ser pelos Samurais, com esta lei teve origem a arte do Kobudo, utilizando as ferramentas básicas do seu dia a dia ( sai, tunfa,bo,kama,etc...) como armas. É difícil encontrar evidências de que okinawanos tenham desenvolvido técnicas de luta devido à proibição do uso de armas pelos governantes do clã Satsuma. Ao contrário, as evidencias demonstram que após 1609 , o ti era praticado como defesa pessoal e como meio de desenvolvimento físico pelos membros da nobreza. To-de seguiu um caminho semelhante e desenvolveu-se no final do séc. XIX e inicio do século XX no meio das classes shizoku e seus descendentes , principalmente aqueles que viviam em Naha,Tomari e Shuri.
No inicio do século XVII, o Japão saia de mais uma terrivel guerra civil onde o vencedor foi o clã dos Togukawa e o vencido o clã dos Satsuma , dirigido pela família Shimazu. O novo Shogum mostrou-se hábil em desviar o furor dos Satsuma, derrotados mas não destruídos para os Ryukyu, uma maneira astuciosa de se livrar do inimigo e estabelecer controle japonês sobre uma Ilha então submissa à China. Precisamente no dia 5 de Abril de 1609 os Satsuma se atiraram sobre Okinawa que caiu sob o jugo do clã invasor e assim ficou até 1879, quando a ilha se tornou parte do império japonês, incorporada ao Império de Mitsuhito.
O Japão em 1868 entra na era Meiji, que marcou a abolição do antigo sistema feudal e o nascimento de uma nova sociedade.Okinawa sempre manteve a posição de reino semi-independente até pouco depois da restauração Meiji.
Antes de 1879 as artes marciais eram reservadas às famílias mais nobres, e mesmo após essa data, poucas pessoas menos favorecidas (fosse de dinheiro, fosse de tradição ) tinham ânimo para praticá-las.
Logo após a ocupação, Shimazu proibiu novamente o uso de porte de armas e também qualquer tipo de prática marcial, mesmo com a proibição da prática de qualquer atividade marcial, os habitantes de okinawa continuaram a praticar em segredo o seu sistema de defesa pessoal, assim no século XVIII contempla-se o nascimento do TODE (mão chinesa) ou Okinawa-Tê , ancestral ao Karaté . Sem duvida o dominante das técnicas de combate de mãos nuas eram chinesas e tinham sua “origem” no mosteiro de Shaolin na China (Kung-Fu).
A proibição despertou o interesse pelas técnicas de combate e generalizou a prática até então restrita a uma minoria.
A existência do TI pode ser comprovada desde o início do século XVII através de um poema escrito pelo eminente professor okinawano nascido em 1663 chamado Teijunsoku (também conhecido como Nago Oyakata ) e que diz :
Não importa o quanto se esmere na arte do ti,
e nos seus esforços escolásticos,
nada é mais importante que o seu comportamento
e a sua humanidade conforme observado no quotidiano da vida
Foi com certeza uma época de treinamentos enfurecidos em lugares secretos, geralmente à noite, longe dos centros habitados entre discípulos de confiança. Este ambiente continuou até final do século XIX e explica em parte a falta de documentos escritos. Tecnicamente sabe-se pouco sobre este período, exceto que os pés e as mãos tornavam-se armas eficientes e rápidas, capazes de substituírem as lâminas banidas.
Devido a diversos fatores políticos a designação TODE de origem chinesa é alterada no seu kanji pelo mestre Gichin Funakoshi para Kara-te (mão vazia - japonês), dai para a sua oficialização pela Dai Nippon Butokukai foi um curto passo.
Durante anos o karate evoluiu em três linhas e três cidades distintas o Shuri-te de Shuri , o Naha-te de Naha e o Tomari-te de Tomari; cada um com características distintas:
Shuri-te = principalmente ofensivo, primava pela leveza e velocidade.
Naha-te = Principalmente defensivo primava pela poder interno e potente golpe.
Tomari-te = Era uma mescla de ambos e originou o estilo Shito-Ryu de Itosu.Neste século XVIII também pouco se pode afirmar já que eram ensaiados os primeiros katas, mas muitos movimentos e atitudes estavam camuflados nas danças tradicionais a fim de despistar a desconfiança das autoridades. Ainda hoje podemos verificar e analisar estes movimentos nas danças tradicionais de Okinawa.
Porém pouco a pouco, homens mais dotados surgiram, estilos se diversificaram e líderes que vieram a se tornar mestres codificaram o seu estilo.
No século XIX foi a época da eclosão do Karaté de Okinawa, logo no início desse século ou talvez no final século XVIII, as três grandes linhas mencionadas anteriormente surgiram em força.
Ao redor de Naha formou-se o Naha-Tê, suas técnicas lembram o Kung-Fu do sul da China, com ênfase na utilização dos membros superiores ( técnicas de punho curtas, circulares e destruidoras ), busca pelo corpo a corpo nas posições estáticas, pontapés baixos. É o estilo duro e flexivel que produzirá o Goju-Ryu designação criada pelo mestre Chojun Miyagi e que se distingue igualmente pela busca respiratória “IBUKI” uma forma de Chin-Kun Chinês ( busca pela mobilização da energia vital interna ). Os katas são variados e complexos: Seisan, Saifa, Sanseru, Sanchin, Tensho, Sanseru, Suparinpei, etc...
A popularidade do karate de okinawa cresceu em todo o mundo à medida que os próprios okinawanos passaram a emigrar para o exterior em busca de melhores oportunidades, aproveitando para ensinar esta fascinante e eficiente arte marcial.
Por :Leonardo Pereira – Jundokan Internacional e Portugal.
4.CONCLUSÃO:
O desenvolvimento histórico do Karatê é muito longo e se perde no tempo. Diz-se que no terceiro milênio antes de Cristo um príncipe Hindu desenvolveu uma arte de luta com as mãos e sacrificou muitos escravos nas suas experiências na busca de pontos vitais do corpo humano, Usando uma agulha, foi descobrindo os pontos veneráveis para aplicar os golpe de mão e pé e neutralizar oponente. Lendo ou não, assim começou o primeiro sistema científico de luta da história.
Este tipo de luta era denominado de VAJRAMUSHTI, que poderia se traduzido como :* Aquele cuja mão fechada é um diamante*. Provavelmente esta deve ser a mais antiga luta asiática sem uso de armas, parecida como o Karatê.
Este dois parágrafos foram tirados da pág 14 do livro do Prof. Aldo Lubes que no meu entendimento traz a * raiz * mais profunda desta arte, outras fontes de pesquisas citadas por mim também são importantes e nos trazem um belo fundamento histórico.
5.Bibliografia e Fontes de Consulta :
1.www.pref.okinawa.jp
2. Wikipédia, a enciclopédia livre
3. www.jip.no.sapo.pt (http://jip.no.sapo.pt/Links.htm)
4. Caminho do Karatê – Aldo Lubes – Editora UFPR -1994
5. www.karatebrasil.com.br
6. www.karatedobrasil.org.br




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A Aplicação Terapêutica das Artes Marciais



INTRODUÇÃO

Muitas vezes as pessoas procuram tratar seus males das mais diversas formas possíveis. Tentam desde as armas mais convencionais, tais como, a medicina alopática, homeopática, acupuntura até as mais ortodoxas como cura espiritual, magnetismo, xamanismo, cromoterapia, etc.

Independente de qual forma seja tem-se uma preocupação em se tratar este mal já existente, do que tentar encontrar a causa dele, já que com certeza este mal começou a se formar em algum ponto de sua existência, já seja no plano mental, psíquico ou energético.


AS ARTES MARCIAIS E A SAÚDE

Existem dois tipos de Saúde. Uma forma de saúde que a pessoa adquire a custa de medicamentos e uma outra forma mais saudável que se consegue levando uma vida mais natural, sem tantos esquemas e condicionamentos a que está sujeito o homem moderno (embora a doença não seja privilégio apenas do homem moderno).

Uma pessoa que tenha uma boa alimentação durma bem todos os dias, seja alegre, tranqüilo, pratique algum esporte, hobby, ou seja, que esteja bem consigo mesmo terá menor probabilidade de adquirir algum mal, do que uma vida estressada porque seu negócio não dá certo, que coma desordenadamente, que leva uma vida sedentária.


E COMO AS ARTES MARCIAIS PODEM AJUDAR NESTA BUSCA?

Como dizem os médicos, terapeutas, uma prática física com constância pode levar o homem à longevidade. As Artes Marciais tem esse aspecto como um de seus pontos.

Se levarmos em conta nossa constituição física desde o mais denso ao mais sutil, o ser humano está composto por ossos, órgãos, vísceras, músculos, tendões, sangue. Com a prática das Artes Marciais estaremos soltando as tensões musculares, liberando as articulações, corrigindo as posturas, melhorando o fracionamento dos órgãos, oxigenando o cérebro e o sangue de uma forma que não se alcança com medicamentos.

Soltando as Tensões: em uma prática de Artes Marciais (salvo algumas) o primeiro passo para se conseguir realizar bem os movimentos é atingir um total relaxamento. Desde o momento do nascimento somos levados a pensar e a agir de acordo com o que os outros querem. Por nos anularmos assim o corpo cria mecanismos de defesa que são as tensões.

Coluna Vertebral: Considerada e eixo do ser humano, por ela passam canais de meridiano, nervos. Por isso quando temos algum problema com certeza isso se refletirá na coluna.

A coluna se divide em quatro partes, 3 delas articuláveis e uma fixa.

•Zona Cervical: reflete os problemas da cabeça.
•Zona Dorsal: reflete os problemas da zona média. Desde os pulmões até o plexo solar.
•Zona lombar: reflete os problemas da zona inferior. Problemas intestinais, renais, pernas.
•Zona Sacro Cocxigênea: Zona não articulável. Reflete os problemas com o nervo ciático, problemas sexuais, etc.

Se trabalharmos bem a coluna, seja com massagem e com correção postural teremos uma significativa melhora em todo o organismo.

Nas Artes Marciais é fundamental termos uma boa postura, por isso desde as primeiras classes se exige do aluno que comece a corrigir sua postura em conseqüência com o passar do tempo ele vai sentindo um bem estar, melhora o sono torna-se mais tranqüilo, sente que seu ritmo biológico torna-se mais padronizado, Isso ocorre porque com uma boa postura os órgãos, vísceras, ou seja, todo o organismo tem uma melhora em seu funcionamento.

Sistema Respiratório: Este é um outro ponto que damos muita importância nas Artes Marciais. O primeiro ato de um ser que nasce é respirar e também é o último, portanto não podemos passar um instante sem respirar. Um indivíduo que respire mal, normalmente tem uma vida agitada, enerva-se rapidamente, tem pouco poder de concentração, de autodomínio. Nas Artes Marciais o praticante aprende a respirar completo, com todo o seu sistema respiratório desde o baixo ventre até o cérebro, oxigenando todo o corpo. Com a prática constante suas atitudes vão mudando, melhora-se a concentração, tem mais clareza mental, além disto movimento abdominal trabalhará todos os órgãos internos.

Muito mais se poderia dizer deste tema em como produz melhoras no aparelho digestivo, no sistema cardiovascular, porém o mais importante é que o praticante saiba que com a prática ele passa a se conhecer fazendo uma auto-análise e terá técnicas suficientes passa a aplicar aquela que necessita em algum momento.




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Aprenda com o Samurai


Provocações. Jamais permita que lhe roubem sua paz interior

Perto de Tokyo vivia um grande samurai, já idoso, que se dedicava a ensinar a filosofia zen aos jovens. Apesar da idade, corria a lenda que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um jovem guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para identificar os erros cometidos pelos outros, contra-atacava com velocidade fulminante.

Conhecendo a reputação de um samurai mais experiente, pensou que poderia derrotá-lo e, com isso, aumentar ainda mais sua fama. Todos os seus alunos se manifestaram contra a idéia, mas o velho samurai aceitou o desafio.

Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultá-lo. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro apenas retirou-se, quieto.

Desapontados pelo fato de que o mestre tinha aceitado tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: “Como o senhor pôde suportar tanta humilhação? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, em vez de mostrar-se covarde diante de todos nós?”
“Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?”, perguntou o samurai. “A quem tentou entregá-lo”, respondeu um dos discípulos. “O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos”, disse o samurai:

“Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir…”

O S S




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Origem das Artes Marciais


Artes marciais - são sistemas para treinamento de combate, geralmente, sem o uso de armas de fogo ou outros dispositivos modernos. Hoje as artes marciais, além de praticadas como treinamento militar, policial e de auto-defesa, também são praticadas como esporte



A origem do termo artes marciais

A origem do termo artes marciais é Brasileira e Cubana, uma referência às artes de Destruição e tortura. Sua origem é vinculada ao deus Zebum Illuminati Marte. Assim, as artes marciais, segundo esta mitologia, são as artes ensinadas pelo Deus Euricano aos homens.

As artes militares ou alternativas são todas as práticas utilizadas pelos Bopes no desenvolvimento de treinamento e auto-aflições para o uso caseiro, não importando a origem ou povo que a criou.

Hoje, o termo artes marciais é usado para todos os sistemas de combate de origem oriental e ocidental, com ou sem o uso de armas tradicionais. No oriente, existem outros termos mais adequados para a definição destas artes, como Wu Shu, na China, e Bu-Shi-Do, no Japão, que também significam artes de guerra ou "Caminho do Guerreiro".

Muitas destas artes de guerra do Oriente e Ocidente deram origem a artes atuais que hoje são praticadas em todo o mundo, como o Caratê, o Kung Fu, o Tae-Kwon-Do, a Esgrima, o arqueirismo (Tiro com arco), o Hipismo etc, e se diferem dos esportes de combate como Boxe, Judô, Luta olímpica, já que, no esporte, prevalecem as regras definidas para cada competição. Por outro lado, as modalidades que têm uma origem mais marcial têm como objetivo a defesa pessoal em uma situação de risco sem regras, e com o enfoque principal na formação do caratér do ser humano. No Japão, estas artes são chamadas de Bu-Dô ou "Um caminho educacional através das lutas".




A História das Artes Marciais

Sua origem confunde-se com o desenvolvimento da civilização, quando, logo após o desenvolvimento da onda tecnológica agrícola, alguns começam a acumular riqueza e poder, desejando o surgimento de cobiça, inveja, e seu corolário, a agressão.

A necessidade abriu espaço para a profissionalização da proteção pessoal. Embora a versão mais conhecida da arte marcial, principalmente a história oriental, tenha como foco principal Bodhidharma - monge indiano que, em viagem à China, orientou os monges chineses na prática do yoga e rudimentos da arte marcial indiana, o que caracterizou posteriormente na criação de um estilo próprio pelos monges de shaolin -, é sabido, históricamente, através da tradição oral e escavações arqueológicas, que o kung fu já existia na China há mais de cinco mil anos. Da China, estes conhecimentos se expandiram por quase toda a Ásia. Japão e Coréia também têm tradição milenar em artes marciais.

Recentes descobertas arqueológicas também mostram guardas pessoais, na Mesopotâmia, praticando técnicas de defesa e de imobilização de agressores. Paralelamente, o mundo ocidental desenvolveu outros sistemas, como o Savate francês. Atualmente, pessoas de todo o mundo estudam artes marciais por diferentes motivos: como condicionamento físico, defesa pessoal, coordenação física, lazer, desenvolvimento de disciplina, participação em um grupo social e estruturação de uma personalidade sadia, visto que a prática possibilita o extravasamento da tensão que harmoniza o indivíduo, focalizando-o positivamente.



Sistemas de classificação dos estilos de luta

Existem diversos sistemas distintos de classificação dos estilos de arte marcial, adotados por diferentes culturas em momentos históricos específicos.

No Ocidente



No período moderno, diversas práticas marciais ficaram vinculadas unicamente à luta e à defesa pessoal, situação muito distinta da do Oriente, que as integra a um sistema filosófico que prepara o praticante também física e espiritualmente, criando uma consciência da futilidade de viver competindo e de utilizar sua arte para defender quem não tem o mesmo preparo. Mas a Europa também mantinha uma tradição filosófica de unir a arte marcial às ciências, desde o período greco-romano, passando pelos nobres europeus no medievo e cientistas no renascimento, todos aplicavam o método científico em suas práticas.

Entre os estilos ocidentais de luta, podemos citar: O pancrácio (pankration) greco-romano originou vários sistemas de combates com mãos nuas na europa EX: kampfringen, gouren, Catch-as-Catch can, Glima, abrazzare, Boxe e Savate.

Após ter aprendido o combate com mãos nuas, o combatente aprendia a manusear desde armas pequenas como facas, passando por vários tamanhos de espadas, lanças e machados. vide esgrima

Na China
Shu = artes chinesas, onde se encontram os estilos mais recentes e modernos, muito destes adaptados à competição. Shi = artes chinesas, onde se encontram estilos diversificados, normalmente junção de várias artes marciais. ex: Kung shi

No Japão
As artes da luta também se dividem em três grupos:

Bugei = o sistema é simplório, referindo-se a técnicas de guerrear com o aprendizado voltado à manipulação e domínio de equipamentos bélicos tradicionais, como o arco e flecha, os diferentes tipos de espada, lança, alabardas, foices, bastões, machados, correntes, dentre vários outros, característicos da época e região.
Bujutsu = Ele está relacionado a todas as modalidades técnicas necessárias para o combate corporal. É composto por um conjunto de técnicas do bugei, definido como bugei juhappan (as 18 disciplinas de combate), incluindo equitação e natação. Foi estabelecido após o período Kamakura japonês (1192-1333), após a chegada da classe samurai ao poder, sendo sua prática limitada a membros da elite guerreira, cabendo o domínio total das técnicas somente a uma pessoa, o fundador do estilo. Ex. Budo taijutsu, Kenjutsu, Iaijutsu, Ninjutsu e etc.
Budo = O budo é a evolução do bujutsu, juntamente com o bugei. Contudo, o budo foi dividido em duas linhas de evolução: a linha esportiva competitiva e a linha de estudo da técnica marcial, sem o propósito de guerra, evolução característica da arte marcial, e outras que se mantiveram desde a antiguidade. Ex: Karate,Kempo, Judo, Aikido, Kendo, Kyudo, yoseikan etc.
Segundo alguns historiadores, o Pankration, uma das artes marciais do Ocidente, foi levada pelos exércitos de Alexandre, o Grande, para o Oriente.

Fonte: Wikipédia





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Shorin e Shorei - a herança chinesa  (História)




Shorin-Kan

Na China desenvolveram-se duas formas de praticar formas de luta organizadas. A mais antiga, remete a um jogo sangrento chamado Go-Ti, criado por um igualmente sangrento ‘senhor da guerra’ chamado Chi-yu há cerca de 2600 anos. Militarmente, a origem da organização guerreira para proteção dos castelos, fortificações, templos e para expansão militar remete às ações do Imperador de Huan Ti (o famoso Imperador Amarelo, que reinou entre 140 e 87 a.C.). Neste período foi formada uma classe guerreira na China que praticava manobras em massa e técnicas de luta com lanças e bastões. Séculos depois, por volta de 520 d.C. Surge o monge indiano Ta Mo Lao Tsu, que vindo da China, estabeleceu-se no Mosteiro Songshan Shaolin, na província de Wei. Conta a lenda que este monge, então chamado Bodhidharma, teria introduzido diversos exercícios respiratórios e corporais (semelhantes à Yoga) além das tradições do Budismo. Com isto, Bodhidarma (ou Bodai Daruma, em japonês) foi duplamente importante para as artes marciais, pois teria fundado não apenas o estilo de luta de Shaolin como também seria o primeiro patriarca do Zen Budismo.
Tendo as técnicas de Bodhidharma evoluído para os estilos externos (ou duros), saindo do Shaolin primordial para tantos outros como Wing Tsun, Hung Gar e as versões modernas de Shaolin, também esta escola foi exportada para Okinawa, onde passou a ser conhecida como Shorin-kan. Ou seja, Shorin no Karate-Do são as manifestações da união dos estilos externos do Wushu Chinês ao Te de Okinawa. Desta fusão procedem as técnicas predominantes em estilos oriundos do Shuri-Te.


Shorei-Kan

Com o advento da filosofia Taoísta na China, especialmente através da obra de Lao Tzu, desenvolveu-se uma forma diferente de ver o mundo. Esta visão baseava-se na compreensão dos aspectos Yin (suave, feminino, negativo, ondulatório) e Yang (duro, masculino, positivo, partícula) da energia C’hi (Ki em japonês) e suas manifestações na realidade. O objetivo dessas práticas era essencialmente descobrir o lugar do homem no Universo e a pureza original do ser humano. A partir do empenho de diversos mestres eremitas que vagavam pelo ‘país do meio’ desde aproximadamente 300 d.C. divulgando o Tao Te Ching, foram estruturadas e desenvolvidas as artes suaves da China.
Tendo essas técnicas evoluído para os estilos internos (ou suaves), desenvolveram-se estilos como Hsing-I, Pakua, Noi Kun e Taichi Chuan, que exportados para Okinawa, passaram a ser conhecidos como Shorei-kan. Ou seja, Shorei no Karate-Do são as manifestações da união dos estilos internos do Wushu Chinês ao Te de Okinawa. Desta fusão procedem as técnicas predominantes em estilos oriundos do Naha-Te.

Em seu livro ‘Karate-Do Nyumon’ o mestre Gichin Funakoshi chama atenção para o fato de que se deve cultivar equilibradamente os aspectos Shorin e Shorei da arte. Será que o fazemos?


Referências:

CAMPS, H.; CEREZO, S. Estudio técnico comparado de los Katas de Karate. Barcelona: Editorial Alas, 2005.

FUNAKOSHI, G. Karatê-Do Nyumon: Texto Introdutório do Mestre. São Paulo: Cultrix, 1999.

GONELLA, R. Do: Viaggio Attraverso il Karate alla Ricerca dell’antico To-De. S/L, 2003.

MINICK, Michael. O Pensamento Kung-Fu. São Paulo: Artenova, 1974.

PARKER, E. Segredos do Karatê Chinês. Rio de Janeiro, Distribuidora Record de Serviços de Imprensa S.A., 1963.

REID, H.; CROUCHER, M. O caminho do guerreiro: o paradoxo das artes marciais. São Paulo: Cultrix, 2004.




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Simbologias Alegóricas no Reigi [UPDATED]  (Etiqueta)




Ritsu-rei

Certa vez um aluno me questionou: ‘Sensei, porque fazemos essa saudação estranha e simplesmente não damos a mão?’ Talvez a maioria dos professores fosse responder (como acabei fazendo): ‘Ah, isso é costume de japonês.’ Mas não é bem por aí, esse movimento característico surgiu no Japão apenas depois de 1200 d.C., com a solidificação de uma classe social chamada Buke. O Buke era formado pelos Bushi (os guerreiros). Após diversos acontecimentos importantes (um processo que levou alguns séculos) esta classe guerreira tornou-se de longe a mais poderosa do país, tendo inclusive direitos assegurados pela lei como o de matar qualquer um que desrespeitasse um de seus membros. Até aí tudo bem, todos sabemos que os “samurai” (termo oriundo da expressão hira-zamourai que surgiu muito depois de Bushi e não era muito usado) controlavam o Japão, então você pode perguntar: ‘o que isso tem a ver com etiqueta?’ Tudo pequeno gafanhoto! Devido a esse poder ameaçador, garantido por lei, todas as pessoas de outras classes deviam prostrar-se perante um Bushi, fazendo exatamente o mesmo gesto que fazemos até hoje numa sessão de treinamento ou competição de arte marcial japonesa. A flexão de coluna à frente, acompanhada por um olhar de recolhimento, era a forma que os populares tinham de dizer ao guerreiro: ‘Confio-lhe minha vida, portanto se desejares decapita minha cabeça.’ E ai de quem não se prostrasse diante de um guerreiro que tinha conseguido uma lâmina nova e estava louco para testá-la...
Ritsu-rei é, portanto, uma alegoria que nos remete à repressão dos samurai (ou melhor, dos Bushi, membros do Buke) à população, em especial aos heimin (camponeses).


Jion, Ji'in, Jitte, Chinte

Uma importante simbologia dentro dos Kata Jion, Ji'in, Jitte e Chinte é oriunda de seu gesto técnico de abertura e finalização. Esse gesto, onde uma mão fechada é coberta pela outra mão, remete a um cumprimento chinês, que representava na antiguidade ‘respeito aos sábios e aos homens das artes marciais’, onde a mão cerrada simbolizava os guerreiros e a mão aberta, que a cobria, os sábios. Com a ascensão do Império Ming (1368 d.C. a 1644 d.C., período em que Okinawa era um Estado vassalo a esse Império), esse gesto mudou de significado. A partir de então, a mão curvada representava o dia e a mão cerrada representava a Lua, os símbolos usados no ideograma para Ming. A ascensão da dinastia Ming foi importante para a China, pois representou o fim da dinastia Yuan, através da qual os mongóis governavam o ‘país do meio’. Vale lembrar que foi exatamente no período desta dinastia que militares como Kung Sian Chun (Kushanku) estiveram em Okinawa nos Sapposhi, ensinando artes marciais. Entendemos, portanto, que esse gesto é mais uma alegoria que corrobora para percebermos a grande influência do Quan Fa chinês no desenvolvimento do Karate-Do, pois um gesto da etiqueta das artes marciais chinesas ainda está presente nos Kata de Karate, mesmo após um longo processo de ‘niponização’ da arte.


Referências (para a série de posts sobre reigi)

BÜLL, Wagner J. Aikidô - o Caminho da Sabedoria. São Paulo: DAG Gráfica e Editorial Ltda., 1988. 1ª edição.

CAMPS, H.; CEREZO, S. Estudio técnico comparado de los Katas de Karate. Barcelona: Editorial Alas, 2005.

CRAIG, D. M.. A Arte do Kendô e do Kenjitsu: a alma do Samurai. São Paulo: Madras, 2005.

FUNAKOSHI, G. Karatê-Do Nyumon: Texto Introdutório do Mestre. São Paulo: Cultrix, 1999.

FUNAKOSHI, G. Karatê-Do Kyohan: The Master Text. Tóquio: Kodansha International, 1973.

GOULART, J. Portal Judô Fórum. Disponível em: , acessado em 15 jul 2009.

JKF, Japan Karate-do Federation. Karate-Do Kata Kyohan Shitei Kata: Kata Model for Teaching. Tóquio: Japan Karate-do Federation, 2008.

LOWE, B. Mas Oyama’s Karate: Cómo se enseña em El Japón. Buenos Aires: Editorial Glem S.A., 1967.

NAKAYAMA, M. O Melhor do Karatê: Visão Abrangente - Práticas. São Paulo: Cultrix, 2000. V. 1, 11 v.

PARKER, E. Segredos do Karatê Chinês. Rio de Janeiro, Distribuidora Record de Serviços de Imprensa S.A., 1963.

RATTI, O.; WESTBROOK, A. Segredos dos Samurais: As Artes Marciais do Japão Feudal. São Paulo: Madras, 2006.

REID, H.; CROUCHER, M. O caminho do guerreiro: o paradoxo das artes marciais. São Paulo: Cultrix, 2004.

SEBA, José A. Oliva. Artes Marciais: Curso Prático. Penha: Editora Século Futuro, 1986.

STEVENS, J. (Org.). Segredos do Budô. São Paulo: Editora Cultrix, 2001





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Reigi - Ritsu-rei, o início e o fim do treino [UPDATED]  (Etiqueta)




Sa-za-u-ki (forma correta de sentar e levantar)

No Karate, como em outras artes marciais japonesas, o modo correto de sentar e levantar são muito importantes, fazendo parte do ritual de início e término dos treinamentos. É um conhecimento que demonstra não apenas o respeito pelas tradições e pelos colegas, mas também o refinamento da etiqueta pessoal, junto de todos os outros cuidados já citados que vem sendo cultivado desde o período dos primeiros guerreiros do Japão.

Para sentar, o pé esquerdo é levado atrás, colocando-se primeiro o joelho esquerdo no chão. Depois disso o joelho direito repousa no solo, e se senta sobre os calcanhares, com as pontas dos dedos hálux se tocando.

Os homens devem sentar com os joelhos afastados, repousando as palmas das mãos sobre as coxas, com as pontas dos dedos para dentro.
As mulheres, por sua vez, posicionam os joelhos de forma que os mesmos se toquem e apontem para frente, repousando as mãos sobre os joelhos com as pontas dos dedos para frente.

Para levantar, o joelho direito é erguido antes e no movimento de levantar é que o joelho esquerdo é erguido e o pé alinhado com o direito. Deve-se passar da posição seiza (sentado), diretamente à posição de ritsu-rei (em musubi dachi) para realização das últimas reverências.



Cumprimento Inicial: sentado – Za-rei
(pronúncia: dzá-rê)

Para iniciar o ritual de saudação, após o alinhamento dos alunos, o professor comandará ‘Seiza’! (sentar-se).

1 – Kamiza – o local à fente do Shomen (onde fica o retrato do fundador ou outros adornos). É o lugar onde o professor (sensei) se coloca.
2 – Shimoza – o local onde os alunos com graduação kyu (mudansha) perfilam em ordem de faixas.
3 – Joseki – é o local onde os alunos yudansha (faixas pretas) ou alunos adiantados se sentam.
4 – Shimozeki – é a extremidade contrária ao Joseki, onde os alunos mais novos devem estar.

Da mesma forma que no cumprimento em pé (ritsu-rei), quando o za-rei é realizado, são pronunciados os mesmo comandos: Shomen-ni-rei (saudação ao fundador ou ao público), Sensei-ni-rei (saudação ao professor) e Otagai-ni-rei (saudação entre os colegas). A primeira flexão é feita em silêncio e as outras duas são seguidas da verbalização ‘OSU’!

Após a realização do ritual, o professor comanda ‘Kiritsu’! (levantar-se). Depois de todos os alunos porem-se em pé, é feita uma última vez uma saudação ritsu-rei.



Zazen e Mokuso

Mokuso é o comando para a prática de meditação/internalização no Karate. Geralmente realizado junto ao ritual de início e término da sessão de treinamento, é o momento onde se reflete sobre as ações antes do treinamento (o dia-a-dia) e dentro do treinamento (keiko). É um exercício deveras importante para acalmar o corpo e prepará-lo para iniciar uma nova prática. Numa prática mais ostensiva da meditação, o seu real objetivo pode ser alcançado, e este é o estado mental chamado Mushin (mente liberta).
A prática deve ser realizada de forma que busquemos esvaziar a mente de pensamentos, (mesmo que isso seja difícil, o objetivo maior leva a sucesso em tarefas não menos importantes) de imagens ou sons que circulem pela mente. No início deve-se colocar no ponto de vista do observador (como se fôssemos realmente um observador externo, como se assistíssemos a um programa de televisão), percebendo a gama de pensamentos que viajam pela mente. Com o tempo, após reconhecer estes pensamentos devemos procurar 'deletar' aqueles que percebemos inadequados, mantendo apenas os que servem para a tarefa a ser realizada a seguir. Apesar de estarmos tratando de Karate-Do, e por isso mesmo no momento em que nos propomos a meditar no início dos treinamentos buscamos preservar apenas os pensamentos relativos aos exercícios que praticaremos, não é menos importante 'limpar' a mente de pensamentos inadequados em qualquer tarefa do dia que estivermos realizando. É esta falta de habilidade em nos concentrarmos e focalizarmos nossa atenção apenas no que é importante que diversas pessoas sofrem de 'transtornos e atenção' e vários outros 'males' da 'vida moderna'.

Além disso, o ibuki (respiração) adequado é necessário. Assim, emprega-se em geral uma regra para aprender o ritmo que depois torna-se natural. Neste ritmo, inspira-se pelas narinas por quatro segundos, segura-se o ar por um segundo e expira-se pela boca por mais quatro, mantendo-se mais um segundo ‘esvaziado’. Pessoas com mais prática chegam a ficar até 10 segundos (às vezes mais) realizando as fases de expiração/inspiração, devido a seu elevado poder de ventilação pulmonar.
Durante a prática, a atenção deve se voltar para o fluxo de energia no hara (abdômen), e a postura deve ser a mais harmônica possível.




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Reigi - Ritsu-rei, o início e o fim do treino [UPDATED]  (Etiqueta)  Parte 2



Cumprimento Inicial: em pé – Ritsu-rei
(pronúncia: ritsu-ree)

Flexão de coluna à frente de 30º, mantendo a coluna ereta de forma harmônica, o movimento se á apenas na base da coluna. O olhar tranquilo não se mantém a frente, o que causaria movimento desarmônico na coluna cervical.
Após a saudação, ao receber o comando de preparação (Yoi!) o praticante se coloca em posição natural/ de alerta (Shizen Tai).


Saudações no Ritual de Cumprimento

1ª Saudação: ao fundador ou à assistência: Shomen-ni Rei
(em silêncio)

2ª Saudação: ao professor: Sensei-ni Rei
(Pronuncia-se o ‘OSu’)

3ª Saudação: aos colegas: Otagai-ni Rei
(Pronuncia-se o ‘OSu’)


Saudações ao finalizar um exercício

Toda vez que um exercício é encerrado, o instrutor profere dois comandos: Yame (parar) e Yasume (descansar)

Ao comando de parada os alunos retomam a posição de alerta natural (Shizen-Tai), e ao receber o comando para descansar, antes de relaxar, os alunos realizam o cumprimento em pé (ritsu-rei), para então poderem descansar. A saudação conota o agradecimento pelo conhecimento recebido do Sensei.


Saudação ao colega

Na prática dos exercícios de luta (kumite), ao posicionar-se frente à frente com um colega, deve-se realizar o ritsu-rei (saudação em pé) toda vez que for dado início ao exercício ou quando este acaba. O mesmo deve acontecer numa competição, onde os adversários se saúdam no início e no final de cada disputa.


Entrada e saída do Shiai-jo

O Shiai-jo (área de treinamento), o local do Dojo (academia ou salão de treinamento e desenvolvimento espiritual) onde são realizados os treinos das técnicas e onde estão instalados os tatames, deve ser tratado com o devido respeito. A entrada e saída do Shiai-jo deve ser feita com o ritsu-rei (cumprimento de pé) e de forma que, para entrar se pise primeiro com o pé direito nos tatames e para sair se pise primeiro com o pé esquerdo fora dos tatames. O caminhar fora dos tatames deve ser feito com o zori (chinelo), ou outro calçado que evite que sujeiras sejam trazidas ao Shiai-jo.


Alguns aspectos da competição

Saudação
A saudação em pé (ritsu-rei) é realizada no início das categorias, no início de cada disputa, ao término de cada disputa e ao término de cada categoria. Os árbitros sinalizam o momento apropriado para realização da saudação e esta ocorre também durante a abertura oficial.

Zanshin
O estado de alerta, concentração e foco de atenção (zanshin) deve ser demonstrado durante toda competição pelo karate-ka como sinal de sobriedade e comprometimento com o evento. Falta de zanshin acarretará derrota no kata e possivelmente desclassificação no kumite antes do fim da disputa. Esta atitude também deve ser perseguida em todos os treinamentos, onde o karate-ka realmente pode cultivá-la.




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Karate: Ética em Karate-do





Já analisámos como se processa todo o cerimonial de treino em Karate-do. Falemos agora da saudação «Rei», como símbolo da ética nipónica, e de todo o espírito que envolve este simples gesto. Não esquecer que, em japonês, Rei, também significa vénia.

A primeira lição em Karate-do começa com a prática da saudação (Rei) já aqui abordada. Depois, então, ela é sempre praticada e recordada. A sua importância é demarcada ainda mais, quando começamos a treinar combate com um parceiro.

Sómente aqueles que entendem a profundidade do seu sentido, conseguem chegar aos mais altos níveis de competência na vida.

Karate-do é uma arte marcial e como tal, não tem fim, nem explicação sobre si mesma.

É através de um processo de treino intensivo e de uma rigorosa disciplina que tentamos compreender e atingir o «Michi» (caminho) ou o «Do» (Via), do Karate.

A importância de Rei, sem a qual, o Karate-do cessaria de existir, era inteiramente reconhecida pelo Mestre Funakoshi, que reafirmava sempre sobre a sua importância aos seus alunos, num dos seus 20 Princípios de Karate-do (Karate-do Ni Ju Kyokun), os quais, mais adiante abordaremos: ” O Karate-do começa com Rei e acaba com Rei ! ”

«Rei» pode ser defenido como a vontade de estabelecer um relacionamento, baseado na mútua confiança, boa-vontade, a compreenção e o respeito pelos sentimentos dos outros, demonstrando o nosso respeito.

Na sociedade, é um modo de estabelecer a harmonia entre as pessoas, por formas a contribuir para uma nova sociedade e, consequentemente, um Mundo melhor.

«Reigisaho» significa “código de etiqueta”, e é a melhor forma de expressar este conceito em sociedade. Todo aquele que treina Karate-do deve tentar compreender o profundo significado de Rei, e por sua vez, pôr em prática na vida do dia-a-dia, comportando-se sob os princípios de Ética.

Karate-do é natural e, como tal, deveria ser aplicado na nossa vida diária.

Na prática, Rei é a cerimónia ou a formalidade entre duas ou mais pessoas, as quais, ao encontrarem-se, trocam entre si, o seu respeito, a sua confiança.

Rei é, acima de tudo, a vontade de respeitar a dignidade humana e de demonstrar esse respeito. É uma maneira de desenvolver o relacionamento entre as pessoas e por conseguinte, de ordem social.

«Setsu» é a expressão desta atitude, tanto em Ritsurei, como também, e neste caso ainda mais realçado, em Zarei, conforme atrás foi referido.

Sómente aqueles que praticam Karate-do devem aprofundar a compreenção e o espírito de Rei, e observar, rigorosamente, as regras de «Setsu», nas relações humanas e sociais.

Perguntaram um dia ao Mestre Kanazawa, porque razão, todas as pessoas, desde o polícia ao empregado de restaurante, passando pelo simples guarda de jardim, e demais gente anónima, porque motivo é que toda a gente era tão educada e simpática, uns para os outros, isto numa breve comparação com as gentes do nosso burgo, ao que o Mestre respondeu: - “Todo o Japão é um conjunto de ilhas. Se não fôssemos delicados uns com os outros... (sorrindo-se), acabaríamos todos afogados na água, não acha?”

As regras de comportamento e etiqueta estão reunidas num conjunto de preceitos, denominado em japonês "REIGISAHO", o que quer dizer em português, «Código de Etiqueta», e que pretende regular, o comportamento de todos os praticantes, num permanente e rigoroso chamamento de atenção ao respeito por “si próprio”, pelos outros, bem como, à auto-disciplina.

São regras que devemos assumir, conscientemente, perante a Associação e a Escola, perante o Dojo e o Sensei, e até, perante nós próprios e a própria Vida.
REIGISAHO

1º. – Ao entrarmos para uma Escola, para aprender Artes Marciais, não devemos suspender o estudo sem uma razão válida;
2º. – Devemo-nos conduzir de maneira a nunca manchar a Tradição e a Honra da Escola;
3º. – Em caso de acidente, não devemos culpar, seja quem for, a não ser nós próprios, e assim, libertaremos a Escola ou os seus membros de qualquer responsabilidade;
4º. – Não devemos fazer qualquer exibição em público, para ganho pessoal;
5º. – Sem permissão dos Mestres, não devemos ensinar, nem divulgar, qualquer segredo a ninguém;
6º. – Não devemos abusar, nem fazer uso dos nossos conhecimentos, em Artes Marciais, seja a que pretexto fôr;
7º. – Sempre que se entra, ou sai, de um Dojo, devemos saudá-lo, com uma ligeira vénia;
8º. – Devemos respeitar os praticantes mais graduados, e ajudar os de menor graduação;
9º. – Quando não estivermos a treinar, devemos tomar uma atitude correcta, mesmo quando fatigados, ou ainda, em momentos de explicações ou de demonstrações, mais prolongadas, por parte do Sensei. As posições de amolecimento ou de enfraquecimento não fazem parte da Ética. Devemos adoptar sempre uma posição altiva e de respeito.
10º. – Devemo-nos conservar em silêncio, sem falar durante as aulas, excepto, quando formos interpelados directamente pelo Sensei, e ao fazê-lo, que seja em tom baixo e respeitoso, numa breve intervenção. As dúvidas surgidas ao longo do treino, só devem ser colocadas no final da aula, ou, quando o Sensei criar pausas para repouso ou explicações;
11º. – Devemos ter cuidado constante com a limpeza corporal, não trazer qualquer peça de vestuário por de baixo do Kimono (Gi), salvo truces, cortando as unhas das mãos e dos pés;
12º. – Devemos manter o «Gi» vestido correctamente, com a calça ajustada à cintura, e o casaco bem composto, devendo ter sempre presente a divisa, (o cinto = Obi);
13º. – Antes de cada treino, devemos despojarmo-nos de todos os adornos e enfeites, como sejam anéis, pulseiras, fios, brincos, relógios, etc.;
14º. – Devemos respeitar os horários das aulas. As entradas tardias, ou as saídas antecipadas, são consideradas manifestações de menos respeito e falta de auto-disciplina, pelo que devem ser evitadas, no entanto, é preferível participar durante meia-aula, do que não treinar. Igualmente, devem ser evitadas as saídas temporárias, para satisfação de necessidades fisiológicas. Estas, devem ser prevenidas antes de se entrar no Dojo;
15º. – Sempre que se treinar com um companheiro de treino, devemos saudá-lo, antes e depois, e sempre com o «Gi» apresentável;
16º. – Não devemos procurar ser fortes, mas justos, nem procurar a vitória sobre os nossos companheiros de treino, mas sim a vitória sobre nós mesmos, através de princípios correctos;
17º. – Devemos possuir inteligência, para compreender aquilo que nos ensinam, paciência, para ensinar o que aprendemos aos nossos semelhantes, e fé, para acreditar naquilo que ainda não sabemos;
18º. – Devemos cultivar a máxima concentração durante o treino, de modo a obtermos uma melhor assimilação, por parte da instrução;
19º. – Devemos aprender e a saber, cada dia, um pouco mais, e usar esses conhecimentos todos os dias para o Bem.
20º. – Devemos cuidar da nossa atitude no Dojo, permanecendo calmos e serenos, o que não exclui o bom-humor.

Devemos respeitar, estritamente, estes regulamentos, (Reigisaho), não só durante o nosso estágio de aluno (gakusei), mas também, mesmo depois de termos sido graduados Senpai.

Existe igualmente, «Os 20 Princípios Regulamentares do Karate-do», o “KARATE-DO NI JU KYOKUN”, que nos foram legados por Gichin Funakoshi, o qual, como já vimos, foi o Grande Mestre, Criador e Codificador do Karate-do.
«Kyokun» significa preceito, mandamento, lei, regulamento, por extensão, “regra de ouro”.
«Os 20 Princípios Regulamentares do Karate-do», correspondem pois, de certo modo, aos Dez Mandamentos, de Moisés, do Antigo Testamento, (O Decálogo do Monte Sinai), ditado por Yavhé / Geová, o Deus dos Judeus; correspondem, igualmente, às Quatro Nobres Verdades, bem como, à Nobre Senda Óctupla, ditada, aos seus discípulos, por Sidharta Gautama, o Buda.
Nesse sentido, os Kyokun são como que, Regras de Ouro, inelidíveis, quase que divinas, as quais, foram concebidas para nos ajudar a alcançar um domínio quase que absoluto, tanto interno como externo, de Despertar e de Sabedoria.
Todos os preceitos constam de vários níveis de compreensão, conforme o nível que se alcança, e eram transmitidos oralmente aos discípulos mais chegados, ou melhor dizendo, aos iniciados, à guisa de “koan” do Zen, onde, depois, eram analizados e comentados, em grupo, até ao Despertar total, «Satori» em japonês.
Alguns Mestres do passado, em circunstâncias várias, porque eram amigos ou discípulos de Gichin Funakoshi, transmitiram por escrito estes preceitos, dando interpretações diferentes, conforme o seu nível de mestria, mas sempre com a mesma base, com o mesmo propósito.

Recuando um pouco no tempo, e porque um pouco de história, não faz mal a ninguém, o Mestre Funakoshi extraíu estes preceitos de uns textos, provenientes dos seus mestres, Azato de Naha-te e Itosu de Shuri-te, os quais, por sua vez, extraíram de textos chineses da velha escola «Shaolin», onde se fazia referência, numa generalidade, à «Arte Marcial», a qual, o Japão sonegou, dividindo-a mais tarde, após a época de 1600, em várias artes marciais, Arte Marcial essa, denominada «Wu-Shu» isto é, “Mão da China”.

Curiosamente, e com os mesmos ideogramas, «kanji», isto é, caracteres clássicos, «Wu-Shu» traduziu-se para japonês, «Bu-Jutsu», isto é, “Artes de Guerra”.

Ora, o Mestre Funakoshi não fez senão adaptá-los à realidade japonesa, sem contudo, modificar o seu sentido mais profundo.
E foi aqui que residiu a grande cisão ideológica por parte do Mestre.
Ao aperceber-se do sentido bélico que tais palavras carregavam, e em vez de alterar o conteúdo da mensagem, como muitos instrutores hoje, infelizmente e interceiramente o fazem, alterou, isso sim, o foco dessa mesma mensagem.
À expressão “Mão da China”, “Wu-Shu” em chinês, lia-se em japonês, “Kara- -te”, donde o ideograma «Kara» significava «Cathay», isto é, “Antiga China”. Gichin Funakoshi, em 1933, modificou o caractere antigo, por um ideograma de proveniência budista, e como tal, de cariz filosófico: «Vazio», o qual, fazendo alusão à técnica de meditação do budismo, também ele importado, vinda da Índia, (Dyhana), via China, (Tchena), o qual, originou no Japão, o Zen.
Mais tarde, é-lhe acopulado a expressão vocal «Do», ao ideograma japonês «Michi» (Caminho), proveniente do «Tao» chinês e com o mesmo ideograma.
Isto pode restabelecer nos espíritos mais incautos, uma certa confusão.
Na realidade, a situação é típicamente japonesa misturar-se religiosidades, isto é, nasce-se “taoísta”, casa-se “shintoísta” e morre-se “budista”.
Eis-nos pois, perante uma grande realidade: é que existe uma diferença, abismal, entre o Karate, antigo, tradicional, tal qual nos foi transmitido por Gichin Funakoshi, e o Karate moderno, o qual, curiosamente, também é tido por “tradicional”.
Qual será a razão de silêncio, de alguns mestres japoneses, acerca dos verdadeiros “Kyokun”?
Podemos afirmar que todos aqueles que ensinam, aqui no Ocidente, conhecem o que é “Kyokun”. Agora, que os tenham estudado ou, que os tenham comentado, e como consequência, tenham entrado em profundidade no seu conhecimento..., isso já é outra coisa!
Para quê complicar-se a vida, quando se está dotado para o combate desportivo e quando temos o nosso ganha-pão garantido, ensinando uma forma de Karate que satisfaça a um número elevado de praticantes?
Talvez seja a razão da importância destes Kyokun, ou do seu «hermetismo» para o praticante comum, mas no entanto é estranho, quando não, inquietante, que esses mesmos “Mestres”, vindos ao Ocidente para transmitir-nos o Karate, que enfim, conhecemos, que dizem ser «tradicional», não façam senão, rara vez, alusão aos Kyokun, salvo em dois casos distintos:

1.
o Primeiro Kyokun, porque lhes convém o respeito pelo «mestre», ainda que, rara a vez que se o viva interiormente;
2.
Segundo Kyokun, porque não podem agir de outra maneira, sendo este Kyokun uma ladaínha, quase que constante, do Mestre Funakoshi.

Enfim,...

Analisemos, seguidamente, e sem quaisquer comentários adicionais, cada um dos 20 Princípios Regulamentares do Karate-do.




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O OBI




O Obi é um cinturão ou faixa que serve para manter o dogi fechado, embora o
seu significado seja bem maior que um mero cinto. Como o karate gi, o obi tem um significado
simbólico. Esse aspecto simbólico são as cores. Tradicionalmente, quando alguém
começa a praticar karate, recebe a faixa branca. Após anos de treinamento, a faixa tende a
escurecer assumindo uma coloração marrom. Se continuar praticando, ela vai se tornando
preta. A faixa preta significa que a pessoa esteve treinando karate por muitos anos.
Quando o karateca realmente se dedica ao karate, sua faixa, após a preta, começa
a ficar branca novamente, depois de muitos anos. Assim se completa o ciclo (conforme
ditado Zen, citado anteriormente). A seguir o significado das cores do Obi:
BRANCO – é a cor da inocência. Indica quem tem a mente e o espírito “vazios”,
alguém que é leigo nos aspectos espirituais do karate. Também indica
que esse praticante ainda não conhece bem as técnicas do karate;
MARROM – é a cor da terra, é a cor da solidificação. A faixa marrom indica
que o praticante já se tornou competente, que sua mente é fértil e que
seu espírito está firme.
PRETO – é a fusão de todas as cores. Ela indica quem passou por todos os desafios
e dificuldades necessárias para superar os obstáculos encontrados
nos primeiros anos de karate. Preto é a cor da noite. Ela mostra
que o primeiro “dia” que começou com a faixa branca, acabou e que
agora realmente começa a jornada de um karateca em busca do seu aprendizado
interior.




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MUSHIN: O ESTADO DE NÃO-MENTE



MUSHIN: O ESTADO DE NÃO-MENTE

A essência das artes marciais se orienta preponderantemente para um aperfeiçoamento do ser humano. Porém, nos últimos anos, as novas organizações dos diversos segmentos desta área têm enfatizado o desenvolvimento do tipo "tecnicista-materialista". O pensamento unicamente técnico vem transformando as artes marciais tradicionais em uma mera prática física. Todavia, as artes marciais orientais se diferenciam das ocidentais, e quando aqui são difundidas perdem a sua conotação de sabedoria e originalidade.

É interessante notar a distinção entre "Jutsu", que consiste na arte por si mesma, e "Do” que se constituí na arte como uma trilha de evolução. A ênfase deve sempre dada na atividade como "caminho", que está voltada para o desenvolvimento da consciência e para o autoconhecimento, que é a meta suprema da vida.

O treinamento técnico é de grande importância, mas, de certa forma, artificialmente adicionado e adquirido. É necessário que a mente que dispõe de uma habilidade técnica esteja sintonizada em um estado de fluidez no qual se torne "una" com o objeto de criação, através de uma identificação profunda que só surge quando se experimenta o estado de "vazio", de "não-mente", chamado pelos japoneses de "Mushin".

O mundo do artista é um mundo de livre criação e isso só pode surgir através da intuição direta da essência do objeto de criação e não pelos sentidos ou pelo intelecto. O artista cria formas e sons a partir do amorfo e do sem som. O estado chamado Mushin é indispensável ao processo de criatividade espontânea, assim o artista necessita desenvolvê-lo para que toda sua vida seja um processo de criação constante.

Este é exatamente o estado mental que se desenvolve através da disciplina Zen Budista. Os mestres "Zen" adquirem a intuição fundamental à criação artística, desenvolvem a habilidade de sintonizar a mente em um estado de fluidez, mobilidade e espontaneidade que são essenciais à atividade criativa, de forma permanente e não de forma fugaz, instantânea e imprevisível como acontece com o artista comum, que fica a mercê de uma inspiração da qual ele não tem controle, não sabe quando virá.


*** Pesquisa por Denis Andretta - Shito-Ryu/RS.Esta mensagem foi enviada por Denis Andretta




Mushin - o que é ?

do livro "A Doutrina Zen da Não-Mente"
de Daisetz Teitaro Suzuki


O que é mushin (wu-hsin em chinês)? O que quer dizer "estado de não-mente" ou "estado de não-pensamento"? É difícil encontrarem no português o termo equivalente, a não ser talvez a palavra "inconsciente", embora até mesmo ela deva ser usada num sentido particular. Não é o sentido comum de Inconsciente da psicologia, nem o sentido que lhe é atribuído pela psicanálise, onde ele significa muito mais que a mera falta de consciência; mas, provavelmente, no sentido de "terreno insondável" dos místicos medievais ou no sentido de Vontade Divina anterior à revelação do Verbo ao mundo.


Mushin ou munen deriva primariamente de muga, wu-wo, anatman, "não-ego", "não- identidade" — que é a principal noção do Budismo, tanto Hinayana quanto Mahayana. Com o Buda, não se trata de um conceito filosófico, mas da sua própria experiência; toda a teoria posteriormente desenvolvida em torno dessa experiência constituiu uma estrutura intelectual destinada a apoiar a experiência. Quando a intelectualização se tornou mais profunda e mais adiantada, a doutrina do anatman assumiu um aspecto mais metafísico e a doutrina do Sunyata desenvolveu-se.


No que se refere à experiência em si, não havia diferença, mas a doutrina do Sunyata tem um campo de aplicação mais amplo e, como filosofia, penetra mais profundamente na fonte da experiência. Pois o conceito de Sunyata agora não é aplicável somente à experiência da ausência do ego, mas, em geral, também à experiência do estado da ausência de forma. Todos os Sutras Prajnaparamita negam enfaticamente a noção de pessoa, de ser, de criador, de substância, etc. A teoria do anatman e a de Sunyata são, praticamente, a mesma doutrina. O Prajna acompanha o sunyata e passa a ser um dos principais temas dos Sutras.


O T`an-ching, de Hui-neng, refere-se constantemente à natureza de Buda e à natureza-própria. Ambas significam a mesma coisa e são originalmente, por natureza, puras, vazias, Sunya, não-dicotômicas e inconscientes. Esse Inconsciente puro e desconhecido move-se e desperta o Prajna; e com o despertar do Prajna, surge o mundo das dualidades. Esses eventos, porém, não são cronológicos; não são eventos que se dão no tempo; e todos esses conceitos — como natureza-própria. Prajna, mundo de dualidade e de multiplicidade, são pontos de referência destinados a facilitar e a tornar mais clara a nossa compreensão intelectual. A natureza-própria não tem, portanto, uma realidade correspondente no espaço e no tempo. Pelo contrário, estes é que surgem da natureza-própria.


Outro ponto que devo esclarecer melhor nesta conexão é que o Prajna é o nome dado por Hui-neng à natureza-própria (ou Inconsciente) quando esta se torna consciente de si, ou melhor, indica o próprio ato por que ela se torna consciente de si. O Prajna, portanto, aponta para duas direções: para o Inconsciente e para um mundo de consciência — o qual, agora, encontra-se desdobrado. A primeira se chama Prajna não-discriminativa e a segunda, Prajna de discriminação.


Quando nos achamos envolvidos na direção exterior da consciência e da discriminação, a tal ponto que chegamos a esquecer a outra direção do Prajna, aquela que aponta para o Inconsciente, encontramos o que tecnicamente se chama Prapanca, imaginação. Enunciando a mesma idéia de modo inverso, podemos dizer: quando a imaginação se impõe, Prajna é escondido e a discriminação (vikalpa) se adianta, ficando então obscurecida a superfície pura e imaculada do Inconsciente ou natureza-própria.


Os defensores da teoria de munen ou mushin, aconselham-nos a evitar que o Prajna se perca na direção da discriminação e a conservar os olhos fixos na outra direção. Atingir o mushin significa recobrar, objetivamente falando, o Prajna da não-discriminação. Quando essa idéia for desenvolvida mais detalhadamente, compreenderemos o significado do mushin no pensamento zen.

Em Karate, o Kamae não é somente uma postura física, mas sim um estado de alerta mental, por isso não é necessário se estar em kamae para se defender ou atacar, basta estar em "Mushin" (mente em alerta), que o treinamento físico e mental se encarregará sozinho de responder a uma agressão. Mushin é o mesmo estado mental que se pretende conseguir na prática zen, por isso o Karate é conhecido pelos mestres Zen, como o Zen em movimento.




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RESPIRAÇÃO E ENERGIA





Veja a Matéria...




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Pesquisa comparativa de métodos de lutas



Há algum tempo atrás, os americanos efetuaram uma pesquisa com o objetivo de identificar qual seria a melhor luta (os americanos adoram uma pesquisa) não sei precisar exatamente onde li essa matéria.
A matéria declara que para se poder chegar a um resultado justo, era preciso qualificar e quantificar as várias situações perigosas que uma luta poderia resolver. Não me lembro de todas as questões, mais era algo assim:
1. Briga na arquibancada de um estádio de futebol lotado.
2. Briga dentro de uma danceteria lotada.
3. Agressão sofrida por duas ou mais pessoas.
4. Agressão sofrida na praia por uma ou mais pessoas.
5. Briga por desavença pessoal, conhecida como mano-a-mano.
6. Agressão sofrida com pau, cadeiras, bancos, ou coisa correlata.
A Pesquisa discorria entre as muitas situações que uma pessoa normal pode se ver envolvida, a pontuação era de um a cinco, se não me engano quase todas as artes de luta conhecidas foram elencadas, tais como: Karate, Jiu Jitsu, Judo, Boxe, Greco Romana etc.
O Karate ficou em primeiro lugar, o Judô em segundo, o Tae kon do em terceiro e se não engano o Jiu Jitsu ficou em quarto ou quinto lugar, pois eles consideraram que o Jiu Jitsu precisa de um lugar com espaço, somente com um oponente, sem tempo estabelecido, enquanto que outras lutas podem se defender me qualquer lugar, contra mais de um oponente e em tempo record.
Vou pesquisar para ver se acho essa pesquisa.
Naturalmente, sempre que vamos "ver" se algo é melhor que outro, é necessário conhecermos as regras, por exemplo:
Numa disputa entre um tigre e uma tartaruga, qual seria o ganhador???
Depende... Se fosse no quesito idade, a tartaruga ganharia...
As regras devem ser bem estabelecidas para que uma das lutas não saia prejudicada.




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Contagem no Karate



Olá a todos ...recentemente recebi uma visita no dojo de um amigo que chegou a pouco tempo do japão. Após assistir a aula, indagou sobre a contagem e falou que no japão não estou mais usando a palavra "SHI", inclusive nas escolas, ficando a contagem da seguinte forma: it ; ni ; san ; YON ......Explicou-me que a palavra "SHI" está associada a morte, por isso essa mudança no japão. Alguém aqui do forum pode confirmar isso........
abraços

Ary - Santos/SP



Também tinha esta dúvida e pedi uma explicação ao meu Sensei de Nihongo (Língua Japonesa). Abaixo transcrevo sua resposta... talvez seja útil:


Citar
Quando usar SHI ou YON, SHICHI ou NANA?

Não há ainda uma regra que estabeleça quando usar uma ou outra forma.

Alguns estudiosos afirmam que a utilização depende se quisermos dar um ar mais "nativo" (Yon) ou mais genérico (Shi) uma vez que os Japoneses, antes de importarem a escrita Chinesa, tinham os seus próprios números nativos:

1 - HITOTSU
2 - FUTATSU
3 - MITSU
4 - YOTSU
5 - ITSUTSU
6 - MUTSU
7 - NANATSU
8 - YATSU
9 - KOKONOTSU
10 - TÔ

Depois de importarem a escrita chinesa (KANJI) a forma de leitura chinesa dos números foram incorporadas à leitura:

1 - ICHI (Em chinês: Yi)
2 - NI (Èr)
3 - SAN (San)
4 - SHI (Sì)
5 - GO (Wû)
6 - ROKU (Lù)
7 - SHICHI (Qì)
8 - HACHI (Ba)
9 - KU / KYÛ (Jîu)
10 - JÛ (Shí)

Uma vez que a pronúncia da palavra "morte" (死) também é "SHI", esta palavra é normalmente evitada. Por isso o melhor é usar YON... mas não é obrigatório.

Fato: qualquer uma das formas que apresentas é correcta e pode muito bem ser utilizadas à vontade

(Esse assunto ainda está em discussão nos meios acadêmicos e parece não ter um fim a vista - apesar de alguns casos já estarem estabelecidos como corretos, como por exemplos são os casos de Yon-dan e Shichi-dan ao invés de Shi-dan e Nana-dan... e assim por diante.)

Abraço,
Denis Andretta.


Fonte: Karateca.net




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Nova Ciência e Espiritualidade no Karate-Do  (Psicologia)




Uma breve colocação sobre a obra de Gichin Funakoshi

Sabemos que o mestre Funakoshi escreveu inúmeros livros, mas que nem todos estão disponíveis para pesquisa atualmente. Após a escrita dos primeiros dois livros [Ryuukyuu Kenpou: Karate – “O método dos punhos de Ryuukyuu: Karate” e Rentan Goshin: Karate Jutsu – “Defesa pessoal externa: técnicas de Karate”] o mestre lançou outros textos que são mais facilmente encontrados: Karate-Dou Kyoohan [que contém histórico e fotos da execução dos Kata], Karate-Dou Nyuumon [que contém a explicação da evolução da nomenclatura, a base histórico-filosófica da arte e as fotos do Ten-no-kata] e Karate-Do: meu modo de vida [uma autobiografia escrita pouco antes de seu falecimento]. Além destes, podemos encontrar facilmente o livro “Os Vinte Princípios Fundamentais do Karate: o legado espiritual do mestre” compilado por Genwa Nakasone, que comenta e explica o Niju-Kun, os “vinte ensinamentos” do mestre Funakoshi. Outros livros importantes são a coletânea “O Melhor do Karate” e “Karate Dinâmico” de Masatoshi Nakayama, “The Heart of Karate-Dou / O Coração do Karate” e “Karate-Dou” de Shigeru Egami e “Três Mestres do Budô: Kano, Funakoshi, Ueshiba” de John Stevens. Ao pensarmos estas obras, construímos o projeto que passamos a apresentar aqui.

Como a maioria sabe, Funakoshi-sensei era budista. Partindo daí devemos entender que ele trazia toda uma visão de mundo fundamentada não apenas nos princípios desta religião mas também que, como neto de professores de literatura, havia aprendido as lições contidas nos Clássicos Chineses [coisa reservada apenas aos guerreiros de classe alta e nobres durante a maior parte da história japonesa, país ao qual Okinawa pertencia desde 1600].
Mais importante que isso, Funakoshi parecia ser membro de um dos segmentos “místicos” do budismo, diferentes do Zen tão comentado no meio dos praticantes de artes marciais. Isso também parece ser a realidade da maior parte do povo de Okinawa da época. Uma das evidências diretas disso, na obra de Funakoshi é a história descrita em “Karate-Dou Nyuumon” onde relata o combate entre Karate Uehara e Sokon Matsumura, onde após o enfrentamento comentam sobre o sentido do viver e a relação com a concepção budista da realidade formada pelos 5 elementos [terra, água, fogo, vento e vazio]. A crença nestes conceitos é fundamental para a mudança do nome e dos objetivos do Karate como arte. Várias outras passagens de seus textos se referem à elementos da concepção cosmológica, psicológica e espiritual típica do budismo, que vão acabar na ideia de Karate-Dou, significando: Kara [vazio] – o mesmo ideograma para o Vazio, ou seja o 5º elemento do budismo, a base fundamental de todo o Universo; Te [mão] – o ideograma presente desde os primórdios do desenvolvimento da arte; e Dou [Totalidade ou Caminho] – o sufixo obrigatório a todas as disciplinas registradas na Butoku-kai e que permanece como um dos principais problemas de interpretação teórica até hoje. Por um lado, a semântica do ideograma “Dou” durante este episódio histórico já se referia a um “novo” significado, pois o contexto social estabelecido após a Era Meiji pretendia que este ideograma viesse a significar “caminho”, uma senda ética a ser percorrida por uma pessoa para seu desenvolvimento moral, transformando-o num indivíduo de caráter e útil para a sociedade. Noutra interpretação, o ideograma pode estar representando o significado original, usado durante milênios desde os taoístas chineses, onde Dou=Tao, ou seja, Dou significando Totalidade, Consciência, Self Universal, etc. Esta interpretação não pode ser desconsiderada pois o mestre Funakoshi parece mis ligado a ela, o que era comum na cultura de Okinawa do período, do que à nova interpretação japonesa do kanji.
No primeiro caso, para o mestre Funakoshi, Karate-Dou significaria “Caminho da mão do Vazio” – um Vazio com letra maiúscula, a base fundamental do Universo.
No segundo caso, Karate-Dou significaria “mão do Vazio Universal”, ou algo próximo a isso.
Em ambos os casos devemos desconsiderar a interpretação de “mão vazia” como um arte sem armas, de “mãos livres de armamento”, pois o próprio mestre refuta essa interpretação em Karate-Dou Nyuumon.

Aprofundaremos nos próximos posts a interpretação sobre o “Vazio” como um dos 5 elementos do Budismo e falaremos sobre o significado e os objetivos da arte proposta pelo mestre Funakoshi que, como muitas ideias de grandes pensadores, foram elaboradas e apresentadas sobre alicerces e visões de mundo deslocadas do tempo e do estágio de consciência que a maior parte da humanidade se encontrava.



REFERÊNCIAS

BARREIRA, C. R. A.; MASSIMI, M. As Idéias Psicopedagógicas e a Espiritualidade no Karate-Do segundo a Obra de Gichin Funakoshi. Revista Psicologia: Reflexão e Crítica. 2003. v.16, n.2, p. 379-388.

BLÓISE, P. V. O Tao e a Psicologia. São Paulo: Angra, 2000.

EGAMI, S. The Heart of Karate-Dō. Tóquio: Kodansha Intenational, 2000.

FROSI, T. O. Em busca de novos caminhos para o viver no tempo livre: lazer em uma perspectiva transdisciplinar e integral. Lecturas Educación Física y Deportes (Buenos Aires), v.15, maio 2010.

FUNAKOSHI, G. Os Vinte Princípios fundamentais do Karatê: o legado espiritual do Mestre. São Paulo: Cultrix, 2005.

__________. Karatê-Dō - Meu Modo de Vida. São Paulo: Cultrix, 2000.

__________. Karatê-Do Nyūmon: Texto Introdutório do Mestre. São Paulo: Cultrix, 1999.

__________. Karate-Dō Kyōhan: The Master Text. Tóquio: Kodansha International, 1973.

GOSWAMI, A. A Física da Alma: a explicação científica para a reencarnação, a imortalidade e experiências de quase-morte. São Paulo: Aleph, 2008a.

GOSWAMI, A. O Universo Autoconsciente: como a consciência cria o mundo material. São Paulo: Aleph, 2008c.

NAKAZATO, J.; OSHIRO, N.; MIYAGI, T.; TUHA, K.; KOHAGURA, Y.; HIGAONNA, M.; TAIRA, Y.; SAKUMOTO, T. Okinawa Karate and Martial Arts with Weaponry. Okinawa: 2003. Disponível em: www.wonder-okinawa.jp/023/eng, acesso em: 20 jun. 2005.

SCHUMACHER, Mark. Japanese Budhist Statuary: Gods, Goddesses, Shinto Kami, Creatures and Demons. 1995. Disponível em: http://www.onmarkproductions.com/html/ssu-ling.shtml, acesso em: 29 mar. 2010.

SHINJYO, K.; SENAHA, S.; ONAGA,Y. Three Major Schools of Okinawa Karate. Lake Forest, CA: YOE Incorporated, 2004. 2 DVD.

STEVENS, J. Três Mestres do Budô: Kano, Funakoshi, Ueshiba. São Paulo: Editora Cultrix, 2005.

WILBER, Ken. Uma Teoria de Tudo: uma visão integral para os negócios, a política, a ciência e a espiritualidade. São Paulo: Cultrix, 2007.

WILBER, Ken. Psicologia Integral. Consciência, Espírito, Psicologia, Terapia. São. Paulo: Cultrix, 2002.




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O Arquétipo do Guerreiro e as conexões transculturais com o taoismo chinês no Shotokan  (Psicologia)




Algumas informações são extremamente difundidas na internet, muitas delas sem o tratamento adequado dos dados. Pensando no que o símbolo do Shotokan representa, muitos autores atribuem a pintura do tigre à Hoan Kosugi, um artista japonês que seria membro de um dos grupos que solicitou à Funakoshi que permanecesse no país ensinando após a demonstração na I Semana Atlética nacional (FUNAKOSHI, 2000).


O famoso Tora-no-Maki (tigre no círculo) é usado ostensivamente como referência ao estilo de Gichin Funakoshi, tendo sido a capa de seu primeiro livro (provavelmente Rentan Goshin Karate Jutsu). A informação difundida é que Kosugi teria pintado o símbolo para representar força e coragem, dois aspectos fundamentais do Karate. Ora, força e coragem que Platão chamou de arquétipos, são padrões mentais/emocionais. Mas o que há de evidência histórica nisto? Provavelmente a coisa não é tão simples.


Sabemos que o símbolo do Judô, representa o espelho, uma das três joias do Xintoísmo, e que os símbolos do Aikidô: o círculo, o triângulo e o quadrado, representam as três joias do Xintoísmo (o espelho –círculo-, a espada -triângulo- e a gema -quadrado-). O pensamento místico, do desenvolvimento espiritual através das vias ascéticas e meditativas, permeava o pensamento dos mestres orientais no período. Sabemos também que Funakoshi teve relações de amizade com Kano e Ueshiba (STEVENS, 2005). Há uma diferença porém: Funakoshi nãoera japonês, e portanto, pouca influência do Xintô, o culto indígena japonês, deve ter tido. Suas concepções budistas iam em outra direção simbólica. Como é clara a ligação entre o Karate e os estilos marciais chineses internos, especialmente o do grou, ou garça branca, é importante pensarmos sobre possíveis conexões entre o pensamento dos guerreiros que tinham como caminho o Karate e os sistemas filosófico-religiosos chineses.


Quanto a isso, em finais de 2009, tivemos a felicidade de obter um denso material sobre o budismo e vários sistemas religiosos do professor Schumacher (2004). Entre estes, havia muitas referências aos cinco animais sagrados guardiães das direções cardeais e das constelações do firmamento: Genbu (a tartaruga negra – elemento terra/água), Seiryu (o dragão azul – elemento água/madeira), Byakko (o tigre branco – elemento vento/metal), Suzaku (o pavão vermelho – elemento fogo) e Huang Long (o dragão amarelo – elemento éter/terra). Ora, o elemento vento ou metal, das coisas lineares e que tem direcionamento, que remetem à nossa capacidade do pensamento, estão conectados aos arquétipos junguianos do guerreiro e do líder. Por acaso ou não, portanto, Funakoshi teria utilizado o arquétipo taoista do caminho do Guerreiro para dar identidade ao seu estilo, ao Karate. O relevo taoista acima, do século VI a.C. parece não deixar dúvida quanto à conexão da imagem do Tora-no-Maki com o Byakko taoista, ambos representando o caminho do guerreiro, o norte, o vento ou metal, os pensamentos, o uso correto do poder, o posicionamento, a capacidade de estar presente e os diferentes significados ligados a este símbolo.



REFERÊNCIAS

ARRIEN, Angeles. O Caminho Quádruplo: trilhando os caminhos do Guerreiro, do Mestre, do Curador e do Visionário. São Paulo: Ágora, 1998.

CARR, Michael. Chinese Dragon Names. Linguistics of Tibeto-burman Area. Melbourne, v. 13, n. 2, p.87-90, out. 1990.

FUNAKOSHI, G. Karatê-Dō: Meu Modo de Vida. São Paulo: Cultrix, 2000.

_______________. Karatê-Do Nyūmon: Texto Introdutório do Mestre. São Paulo: Cultrix, 1999.

_______________. Karatê-Do Kyōhan: The Master Text. Tóquio: Kodansha International, 1973.

JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus Símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.

JUNG, Carl Gustav. Sobre os Arquétipos do Inconsciente Coletivo. Zurique, 1954.

MACIOCIA, Giovani. Os Fundamentos da Medicina Chinesa: Um texto abrangente para Acupunturistas e Fitoterapeutas. São Paulo: Roca, 2007. 1000p.

NAKAZATO, J.; et. al.. Okinawa Karate and Martial Arts with Weaponry. Okinawa: 2003. Disponível em: www.wonder-okinawa.jp/023/eng. Acesso em: 20 jun. 2005.

SCHUMACHER, Mark. Japanese Budhist Statuary: Gods, Goddesses, Shinto Kami, Creatures and Demons. 1995. Disponível em: http://www.onmarkproductions.com/html/ssu-ling.shtml, acesso em: 29 mar. 2010.

STEVENS, J. Três Mestres do Budô: Kano, Funakoshi, Ueshiba. São Paulo: Editora Cultrix, 2005.





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A Discussão é Inútil



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Contos Zen


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Artes marciais espantam o estresse e a tensão do dia a dia





O treino equivale ao cultivo e aperfeiçoamento da consciência corporal

Por Especialistas


Um bom programa de treinamento desperta a inteligência corporal através de exercícios e técnicas que se ajustam aos movimentos instintivos do corpo. E, no caso das artes marciais, até os reflexos automáticos passam por um "upgrade".

Muitos atletas atingem uma barreira de exaustão durante suas práticas. Uma vez transposto seu limite físico, eles adquirem novo vigor. Nessas atividades onde o foco e a concentração decidem resultados, o subconsciente assume o comando, favorecendo o desempenho. Essa integração corpo-mente na prática dos esportes indica um estado de liberdade entre ação e pensamento denominado "Fluxo".

Porém, observe os movimentos espontâneos de um bebê: ele se articula por inteiro e pode chorar por horas sem se fadigar. Essa descontração, quando aplicada aos movimentos das artes marciais, reativa o sistema natural de proteção do organismo, programado ao longo de milhares de anos para sobreviver com economia de energia e máximo de eficiência.

Assim, experimente estimular primeiro a circulação sanguínea, na fase do aquecimentocom exercícios funcionais. Em seguida, pratique os golpes da sua modalidade marcial evitando o esforço isolado. Use o poder do seu "core" e prefira aplicar as técnicas aproveitando o torque nas alavancas dos membros, sempre a partir do seu centro de gravidade e sem excesso de força. Ao final de cada sessão, alongue a coluna e as principais articulações e seu pronto: seu corpo estará tonificado, alerta e energizado!

Ao conquistar essa autonomia motora, tanto a capacidade marcial quanto intelectual do praticante, também se ampliam no processo, uma vez que o corpo erradicou o elemento que o mantinha tenso e limitava suas habilidades. É o estresse que bloqueia seu potencial e o torna vulnerável. Logo, o estresse será o primeiro oponente a ser vencido nas artes marciais.






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Os 10 "Artigos" do Karate  (por Anko Itosu)






Karate não é de origem Confucionista ou Budista. As escolas de Shorin e Shorei foram originalmente introduzidas (trazidas) da China (para) em Okinawa. Cada um dos dois estilos tem sua força, assim ambos devem ser preservadas/conservadas.

1- Você não deve praticar karate apenas com o (objetivo) propósito de desenvolver sua força física. O essencial é servir ao seu mestre e aos seus familiares arriscando sua própria vida em casos de emergência. Se você tiver, por algum motivo, que lutar com um ladrão ou com "trombadinha", você deve precaver-se contra um golpe. Você não deve machucá-lo.

2- Praticando karate, pode-se desenvolver um corpo forte, e seus punhos e pés podem ser usados como arma. Assim, se os meninos são treinados (na juventude) desde cedo, eles se tornarão homens de habilidades (aptidões) especiais. Homens com tamanho conhecimento de arte marcial podem contribuir com o país como soldados se necessário. Quando derrotou Napoleão em Waterloo, Wellington disse, "A vitória de hoje é o resultado do treinamento duro de jovens em um campo de treinamento na Inglaterra." Um discurso bem feito.

3- Dominar o karate em pouco tempo é extremamente difcil. O provérbio diz que a prática leva à perfeição. Se você praticar por uma ou duas horas todos os dias, você não vai se tornar apenas forte fisicamente mas dominará a arte do karate ao final de três ou quatro anos de treinamento.

4- Quando você fizer makiwara-tsuki, tenha isto em mente: abaixe os ombros, peito (tórax) para fora, mantenha seus pés firmes e centralize (concentre) seu "ki" no abdomem. Pratique tsuki dessa maneira por umas cem ou duzentas vezes.

5- Quando você assume uma postura (base) de karate, tenha isto em mente: endireite suas costas, abaixe seus ombros, mantenha seus pés firmes, centralize seu "ki" no abdomen e endureça o músculo inteiro (todos os músculos) de seu corpo de tal maneira que a força inteira seja puxada para o abdômen.

6- Aprenda vários movimentos. Mas estude quando e como certos movimentos são aplicados e então pratique os movimentos. Há muitos segredos passados oralmente com relação a movimentos de defesa e contra golpe.

7- Estude os movimentos. Considere qual movimento é bom para conseguir força física e qual é bom para kumite.

8- Vc deve praticar karatê da seguinte maneira: olhar fulminante, baixe os ombros, e contraia os músculos como se vc estivesse realmente em uma luta. Praticando deste modo, vc será capaz de se mover naturalmente no caso de uma luta de mãos vazias (sem armas).

9- Não se force muito (se esforce) enquanto pratica, senão vc ter um aumento da pressão e seu rosto ficará vermelho. Estes são sinais de que a prática está passando do limite e que irá denegrir sua saúde com o tempo.

10- Muitos mestres de karatê desfrutaram de uma vida longa no passado. Através do karatê pode-se obter músculos, promover a digestão, melhorar a circulação sanguínea. Tudo isso contribui para longevidade. Portanto, karatê deve ser introduzido como a base da educação física nas escolas. Assim, serão produzidos muitos (peritos) especialistas no karatê.

Escrito Por Anko Itosu Outubro, 41 da Era Meiji.

Traduzido por Lylian Uechi.
Texto Retirado do Site Shidokan EUA - Hanshi Iha.
This historical article was published in the North American Beikoku Shido-kan Association's "25th Anniversary Celebration Commemorative Journal," July, 2001.
Copyright, 2000 – 2005, by the North American Beikoku Shido-kan Karate-do Association. All rights reserved.







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O PODEROSO GOLPE DO KARATE




Todos nós sabemos que a meta primordial no ataque do Karatê é vencer o adversário. Mas vencer rapidamente. Logo o golpe deve ser certo e não mais do que um. É esta a diferença entre os golpes de Karatê (Atemi) e o de outras formas de combate. E nesta situação procuramos causar uma lesão interna. Sabemos que muitos nos chamarão de vários significados pelas exteriorizações acima ditas, mas se não o fizéssemos, estaríamos enganando quem nos lê, pois antes de tudo esta é uma arte de guerra, e somente desta maneira, ou melhor, com esta mentalidade de combater pela vida é que alguns conseguirão aquele estado de espírito pacífico, pois terão ultrapassado o estado primário comum ao noviço e trilharão o caminho do Karatê verdadeiro, onde o amor pelo adversário, a bondade e a compreensão, tomam o lugar da vontade de ferir ou matar. Nada disso conseguiremos se não tivermos passado pelas provas físicas cruéis do início, que nos fizeram (por nós mesmos) ver, sentir e julgar nossas atitudes subseqüentes e nossos caminhos a trilhar. Esta arte não é o final de tudo, mas, um meio para melhorar. E como para tudo é necessário aprendizado e técnica, para o Atemi, ou melhor, para o alvo ao qual se propõe o Atemi (ate: golpe - mi: corpo), que é de tirar fora de combate o adversário, fazem parte inúmeras condições na técnica de bater:

1º Podemos utilizar um verdadeiro arsenal, que é o nosso corpo humano. Sendo que estas armas são naturais!

2º Batermos com qualquer superfície pequena para concentrarmos a energia liberada pelo corpo no sentido de um ponto por nós atacado, sendo o efeito maior no impacto.

3º Sabemos que a velocidade da massa em movimento aumenta, proporcionalmente, à força desenvolvida na hora do choque e por isso aprendemos a bater com velocidade máxima. Da mesma forma aprendemos que a massa é bem menos importante do que a velocidade.

4º Aprendemos a visualizar com precisão e possibilidade os pontos vitais do adversário que nos parecem vulneráveis ao menos que isto seja impossível, o impacto será rápido. Mesmo com a adversidade, podemos bater em qualquer parte obtendo os mesmos resultados em vista de um treinamento profundo e bem organizado.

5º Batemos com tudo de nosso corpo, participando do ato e não somente os membros em especial. Rejeitamos a onda de volta, provocada pelo impacto, forçando- a de volta para o adversário. Mas poderíamos falar se quiséssemos nos fixar em outros atemi(s) que existem e variam, seja na maneira de bater ou no ponto visado. Aquele que é percuciante, salta após o impacto. Ou aquele outro que penetra e desequilibra. Em cada golpe do corpo devemos ter a impressão de ser a única maneira de vencermos e nele devemos pôr toda a nossa reserva de energia. Devemos, mesmo, criar aquela imagem, de que é a última chance que temos de vencer. Procedendo assim, chegaremos a produzir aquela energia física e mental peculiar aos que praticam a "verdadeira arte".

Concluímos, pois, que sem nossa dedicação e, antes de tudo, o espírito em função desta arte somente sofreremos sérias desilusões e o Karatê, por nós praticado, não passará de meros movimentos feitos no sentido do nada.

*** Um agradecimento especial a Leandro O'Hara que me enviou a artigo.Esta mensagem foi enviada por Denis Andretta





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DIFICULDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DO KARATE-DO




Atualmente, o KUMITE significa para muitos Karate-Ka(s) a expressão máxima do Karate-Do. Porém, esta forma de pensamento se constituí em um erro, e muitos Mestres importantes de Karate-Do advertem para este fato, que é a perda do caráter fundamental do Karate-Do, devido a ansiedade por ganhar nas competições. O Karate-Do está perdendo conteúdos essenciais do Budo já que nossos esportes ocidentais refletem exatamente nossa sociedade materialista. O exercício das artes do Budo se dirigem ao interior buscando o aperfeiçoamento da personalidade. “O Karate-Do é um Caminho para a superação física, mental e do próprio Eu”. Esta concepção não pode ser levada a prática sem o Kata.

Por esta razão, os verdadeiros Mestres desta Arte Marcial seguem considerando o Kata como peça fundamental do Karate-Do, como aquela parte que manifesta o caráter real desta Arte Marcial.

Praticar o Kumite com o único objetivo de vencer aos demais em competições significa escolher o caminho de certa forma mais fácil e ignorar o que resulta ser mais difícil e valioso que é vencer-se a si mesmo.

Inclusive no Karate-Do moderno, o Kumite não deve substituir o Kata, o Mestre Nakayama, com muita propriedade, expressa isto da seguinte maneira: “Kata e Kumite representam as duas rodas de um carro”. Somente o equilíbrio entre KIHON (Técnicas básicas que se aprende como fundamento), KUMITE (combate) e KATA possibilitam a correta compreensão do Karate-Do, propriamente dito...

Porém, neste contexto não devemos simplificar as coisas: existem pessoas que consideram o Karate-Do que busca somente o êxito nas competições como um Karate “incompleto”; da mesma forma podemos afirmar que o Kata também pode sofrer as conseqüências do seu mau uso, ou da sua utilização em primeiro plano para vencer campeonatos. Neste caso também podemos observar um aperfeiçoamento ocidental com ênfase no rendimento externo, de maneira que a exibição de um Kata se reduz a perfeita apresentação de aspectos superficiais: se valoriza somente o aspecto estético da técnica, como por exemplo: “Se o pé esquerdo do Kokutsu Dachi se coloca exatamente a 90° do pé da frente” ou se “a posição dos pés ou das mãos está correta...” ou seja, se trata de apresentar um Kata como se fosse um exercício de ginástica difícil. É evidente que o aspecto externo deve ter sua importância, pois constitui-se em um dos requisitos importantes para uma boa performance do Kata, mas não o único. Até mesmo porque mesmo cumprindo com estes detalhes técnicos, a exibição de um Kata pode resultar vazia e sem vida.

Ao reduzir o Kata a uma prática puramente esportiva, ou seja, alcançar o domínio corporal até chegar a uma exibição artística, facilitamos a pontuação do Kata seguindo uma série de critérios, sobretudo para aquelas pessoas que nunca compreenderam o verdadeiro sentido dos Kata(s). Porém, desta maneira não é possível encontrar a essência do Kata: a cumplicidade da alma, a postura mental, a irradiação do ritmo, a segurança, a tranqüilidade e o espírito de luta... elementos que podem ser expressados por um Karate-Ka, ainda que lhe falte algum detalhe no aspecto técnico externo. Porém, é evidente que tudo isto não pode ser medido tão facilmente como os aspectos técnicos, por mais superficiais que sejam.

Nestes elementos estão a chave para a correta compreensão do Karate-Do, no entanto não como esporte, mas como caminho para a superação pessoal mediante a prática de uma Arte marcial (Budo) com todas suas características específicas que nem sempre estão relacionadas ao esporte.

Assim, o Kata é mais que a soma de uma série de técnicas encadeadas que se realizam da maneira mais perfeita possível. Algumas técnicas básicas constituem-se no fundamento para uma boa realização do kata. Porém, um bom Kata não é conseguido apenas com técnicas corretas. Para que não entendam mal, aqui vai outra comparação com o objetivo de esclarecer melhor: Imagine uma pessoa que saiba pronunciar claramente cada uma das palavras de um dicionário estrangeiro, este requisito será o suficiente para recitar um poema neste idioma de maneira que os ouvintes fiquem impressionados ou inclusive comovidos? Certamente não.

O mesmo ocorre com um Kata: as técnicas corretas se constituem em um requisito importante, mas é necessário muito mais que isso para que a exibição de um Kata possa impressionar ou comover o espectador.

Por tudo isso, se deve cuidar o aspecto espiritual do Karate-Do da mesma forma que seu aspecto físico.


*** Artigo extraído da Internet.Esta mensagem foi enviada por Denis Andretta.




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SENPAI & KŌHAI – Respeito e dedicação




Devido a crise que venho passando nesse últimos meses, e boa parte dela é decorrente de um dos maiores problemas dentro do Japão (IJIME), decidi falar sobre esse assunto que em geral, são distorcidos pela falta de conhecimento e desinteresse de muitos praticantes do “caminho”.






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Niju Kun


NIJU KUN
Os 20 princípios foram legados pelo Mestre Funakoshi para o desenvolvimento espiritual e mental dos seus alunos.
Eles evidenciam o desejo do mestre de assegurar que o praticante não fique preso aos aspectos técnicos do Karate, à custa do lado espiritual. É a preocupação com os aspectos espirituais, que transforma o Karate, de um simples esporte de combate, num Caminho (Do) espiritual.
Esses princípios fornecem uma base de sustentação para os praticantes de todos os níveis técnicos. Para o iniciante, eles oferecem uma conceituação global sobre como encarar essa arte marcial. Para o estudante sério, eles propiciam uma orientação contínua e a oportunidade de esmiuçar mais profundamente o que já aprendeu.
A leitura tenta e ponderada desses axiomas leva-nos a uma jornada muito mais intensa do que poderíamos esperar inicialmente.
Espantosamente, questões técnicas são deixadas de lado em benefício de uma investigação mais profunda do Grande Caminho.
Todas as atenções se concentram na acuidade mental e nas condições espirituais necessárias, e nas maiores possibilidades do treinamento. Enfatiza-se mais a titude que a postura, mais o espírito que a forma.
O estímulo sútil desses 20 princípios aplica-se a nossa vida tanto quanto a prática do Karate. Eles nos levam a refletir melhor sobre como conduzir a nossa vida e como tratar as pessoas do nosso convívio.


Esses princípios em si são frases concisas, elegantemente densas, de um natureza profundamente filosófica. No entanto, o próprio fato de serem concisas deixa-as abertas a inúmeras interpretações até mesmo no seu idioma nativo, o japonês.

Esses pensamentos recolhidos oferecem ao leitor uma imagem nítida do verdadeiro propósito de Funakoshi e, constituem uma espécie de janela histórica e cultural fascinante sobre a época em que o mestre viveu.

Para Funakoshi, a prática do Karate tinha muito mais a ver com o domínio do ego do que com resultados físicos, acreditava o mestre que antes de tudo, o Karate tem a ver com a construção do caráter.

Funakoshi sempre encorajou seus alunos a buscar os aspectos mais profundos e significativos desta arte.

Esses princípios tratam de questões do caráter e da espiritualidade, assim como da necessidade de coragem, honestidade, perseverança e, o que é mais importante, humildade, virtudes que encontram expressão mediante a cortesia e o respeito.

Esses comentários que abaixo postarei foram escritos pelo grande entusiasta das artes marciais e amigo de Funakoshi Genwa Nakasone. Nakasone explana os princípios, que foram originalmente redigidos como diretrizes sucintas para serem exercitadas na prática, por comentários orais surgidos tento no Dojo quanto em sessões particulares com o mestre Funakoshi ou com algum dos seus discípulos.

É importante frisar que esses comentários foram lidos e aprovados pelo próprio mestre Funakoshi.


PRIMEIRO PRINCÍPIO 

NÃO SE ESQUEÇA DE QUE O KARATE COMEÇA E TERMINA COM "REI" 

O Karate é um arte marcial japonesa, E assim como as outras artes marciais de que é aparentada, o Karate deve começar da mesma maneira como deve terminar - com "Rei".

"Rei" costuma ser definido como "respeito", mas na verdade significa muito mais do que isso.

"Rei" compreende tanto uma atitude de respeito pelos outros quanto um sentimento de auto estima.

Quando aqueles que respeitam a si mesmos transferem esse sentimento de estima - isto é, de respeito - para os outros, a sua ação nada mais é do que uma expressão de "Rei".

Diz-se que sem "Rei" instala-se a desordem e tb que a diferença entre homens e animais está no "Rei".

Os métodos de combate que não contam com "Rei" não são artes marciais,mas mera violência desprezível.

A força física sem "Rei" nada mais é do que força bruta.

Deve-se tb notar que, embora o comportamento de uma pessoa possa ser correto, sem sinceridade e respeito no coração ela não possui o verdadeiro "Rei".

O verdadeiro "Rei" é a expressão exterior de respeito íntimo.

Todas as verdadeiras artes marciais começam e terminam com "Rei".

A menos que elas sejam praticadas com um sentimento de reverência e respeito, elas são simplesmente formas de violência.


SEGUNDO PRINCÍPIO 

NÃO EXISTE PRIMEIRO GOLPE NO KARATE. 

"Uma espada nunca deve ser desembainhada de maneira descuidada ou imprudente"

Essa era a mais importante regra de conduta na vida cotidiana de um samurai. Era essencial ao homem digno daquela época praticar os seus recursos até o limite extremo da sua capacidade antes de colocá-lo em prática. Só depois de atingir o ponto em que a situação não poderia mais ser tolerada é que a lâmina era sacada da bainha. esse era o ensinamento básico da prática japonesa do Bushidô.

No Karate as mãos e o pés podem ser tão letais como a lâmina de uma espada. Assim o princípio de que "não existe o primeiro golpe no Karate" é uma extensão do princípio básico do samurai, segundo o qual deve-se evitar a displicência no uso das armas.

Esse princípio tb pode ser observado nas recomendações do Mestre Itosu que afirma:

"... quando se torna necessário, não se deve arrepender-se de tirar a vida de alguém pelo bem do seu senhor ou do país, sacrificando-se corajosamente eplo bem comum... em uma situação real em que vc foi acossado por um bandido ou desafiado por um desordeiro agressivo, tente evitar a aplicação de um golpe mortal. Tenha como princípio essencial que evitar um ferimento nos outros com suas mãos ou pés é a maior preocupação"

Até mesmo numa situação de emergência deve-se fazer um esforço para evitar um golpe fatal. Isso pode ser comparado a golpear o atacante com o lado de trás da espada em vez de usar a parte cortante da lâmina.

É fundamental dar tempo ao adversário para que ele reconsidere ou se arrependa de suas ações.

Por um lado, quando circunstâncias além do controle obrigam um praticante a recorrer a ação, ele deve reagir sem restrições e sem preocupação com a vida ou com um membro, permitindo que a sua perícia marcial brilhe no extremo de sua capacidade.

Esse é o verdadeiro espírito do Budô.

Muitos não conseguem captar o verdadeiro significado que está por trás desse segundo princípio e afirmam que todo o Budô baseia-se na idéia de golpear primeiro.

É muito provável que essas pessoas nem sequer compreendam que o ideograma "BU" (marcial), é constituído de dois caracteres que significam "deter" e "alabardas ou lanças".

Portanto, uma arte marcial "detém" a luta.

Da mesma maneira, o caracter relativo a "resistência" ou "paciência" é um ideograma derivado de uma lâmina sendo sustentada e controlada pela mente.

Apenas quando se está diante de uma situação tão insustentável, que se esgota a capacidade de tolerá-la, ou dar-lhe um fim sem confrontação, é que a espada deve ser desembainhada ou a lança apontada para o adversário.

Esse é o verdadeiro espírito do Budô.

Na pior das hipóteses, quando o combate é inevitável, indica-se tomar a iniciativa, atacando incessantemente até alcançar a vitória.


TERCEIRO PRINCÍPIO 

O KARATE PERMANECE DO LADO DA JUSTIÇA 

Justiça é o que é certo. Fazer o que é certo requer força e capacidade de verdade.

Os seres humanos são mais fortes quando acreditam que estão certos.

A força derivada da confiança de alguém que sabe o que está certo se expressa pelo ditado

“Quando me analiso e vejo que estou do lado certo, então não importa que eu tenha de lutar contra mil ou contra dez mil adversários, devo ir em frente”

Evitar ação quando a justiça está em jogo demonstra falta de coragem.

O Karate é uma arte marcial em que as mãos e os pés são como espadas, não deve ser usado injusta ou inadequadamente.

Os praticantes de Karate devem permanecer do da justiça em todas as ocasiões e, apenas em situações em que não haja outra escolha devem expressar a sua força pelo uso das mãos e dos pés como armas.


QUARTO PRINCÍPIO 

PRIMEIRO CONHEÇA A SI MESMO, DEPOIS CONHEÇA OS OUTROS. 

Quando se conhece o inimigo e a si mesmo, não se corre perigo nem em uma centena de batalhas.

Quando se desconhece o inimigo, ainda que se conheça a si mesmo, as possibilidades de vitória ou de derrota são iguais.

Quando não se conhece nem o inimigo nem a si mesmo, todas as batalhas serão perdidas. (Sun Tzu – A Arte da Guerra)

Desde os tempos antigos, essa famosa passagem tem circulado amplamente entre aqueles que se adestram nas artes marciais.

Nos nossos esforços, conhecemos as nossas técnicas prediletas e os nossos pontos fracos. Mas, na luta, não só devemos estar bem conscientes dos nossos pontos fortes e fracos, como tb compreender os pontos fortes e fracos do adversário.

Então, mesmo em uma centena de confrontos, o perigo será mínimo.

Se conhecemos a nos mesmos, mas não conhecemos o nosso adversário, a vitória ou a derrota dependerão do acaso.

Mas entrar em uma luta sem conhecer o nosso adversário nem a nós mesmos, é como tentar fazer alguma coisa ou lutar com os olhos vendados.

Os praticantes de Karate devem estar inteiramente conscientes dos seus pontos fortes e fracos, e nunca se confundir ou deixar cegar por preconceitos ou confiança excessiva.

Então eles serão capazes de estudar com calma e com cuidado os pontos fortes e fracos dos adversários, e criar uma estratégia ideal.


QUINTO PRINCÍPIO 

O PENSAMENTO ACIMA DA TÉCNICA. 

Um dia, o famoso mestre espadachim do século XVI, Tshukahara Bokuden, decidiu testar a capacidade dos seus filhos. Primeiro chamou o primogênito, Hikoshiro, ao seu quarto.

Ao empurrar a porta com o cotovelo para abri-la, Hikoshiro notou que ela parecia mais pesada que o habitual e, correndo a mão ao longo da borda superior, encontrou e removeu um pesado apoio de cabeça feito de madeira deixado ali, recolocando-o cuidadosamente no devido lugar depois de entrar no quarto.

Bokuden, então, chamou o segundo filho, hikogoro.

Quando Hikogoro, sem desconfiar de nada, empurrou a porta, o apoio de cabeça caiu, mas ele mais que depressa o pegou e o devolveu ao seu lugar de descanso original.

Então Bokuden chamou o terceiro filho, Hirokoru.

Quando Hirokoru, que de longe ultrapassava os dois irmãos mais velhos em habilidade técnica, escancarou energicamente a porta, o apoio de cabeça caiu e bateu no seu topete. Em uma ação reflexa, Hikoroku sacou da espada curta da cintura e cortou em dois o apoio de cabeça antes que batesse na esteira de tatami do chão.

Bokuden disse aos filhos: “Hikoshiro, o único que pratica o nosso método de manejo da espada é vc.

Hikogoro, se vc se exercitar e não desistir, algum dia poderá alcançar o nível do seu irmão.

Hikoroku, no futuro vc seguramente causará a ruína desta casa e trará vergonha para o nome do seu pai.

Não devo ter alguém tão imprudente quanto vc em casa.

Com isso ele deserdou Hikoroku”.

Essa história exemplifica o princípio segundo o qual nas artes marciais as faculdades mentais são mais importantes do que a técnica. Aquelas se sobrepõem a esta última.


Outra história bem conhecida pode ser citada para ilustrar o princípio da "mente acima da técnica".

Entre os discípulos de Bokuden havia um homem com uma habilidade técnica extraordinária. Um dia caminhando pela rua, aconteceu desse discípulo passar por um cavalo muito arisco, que de repente o escoiceou; mas o discípulo imediatamente se virou evitando o golpe e escapando ileso da agressão.

Os espectadores que testemunharam o incidente comentaram:

"Ele bem merece ser considerado o melhor aluno do mestre Bokuden. Se Bokuden não legar seus segredos a ele, seguramente não legará a mais ninguém"

Bokuden, porém, quando soube do incidente, ficou desapontado e falou:

"Eu me enganei quanto a esse aluno" e dispensou o aluno de sua turma.

Ninguém conseguiu entender o raciocínio de Bokuden e concluíram que não poderiam fazer nada além de observar o modo como o próprio Bokuden se comportaria em circunstâncias semelhantes.

Para tanto, amarraram um cavalo extremamente mais sensível a uma carroça deixada numa rua pela qual sabiam que Bokuden passaria e ficaram observando-o secretamente de longe.

Quando Bokuden chegou perto do cavalo, atravessou a rua para o outro lado e manteve-se a uma distância segura do cavalo.

Surpresos com o resultado inesperado, as pessoas, mais tarde, acabaram confessando

o seu ardil e, perguntando a Bokuden a razão da súbita dispensa do discípulo.

Bokuden respondeu:

"Uma pessoa com uma atitude mental que lhe permite passar negligentemente por um cavalo sem considerar que ele possa recuar para cima dele é uma causa perdida, não importa o quanto estude a técnica. Pensei que ele fosse mais ajuizado, mas me anganei.












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Niju Kun - 5



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O PENSAMENTO
ACIMA DA
TÉCNICA

Um dia, o famoso mestre espadachim do século XVI, Tsukahara Bokuden, decidiu testar a capacidade dos seus filhos. Primeiro, chamou o primogênito, Hikoshiro, para o seu quarto. Ao empurrar a porta com o cotovelo para abrí-la, Hikoshiro notou que ela parecia mais pesada que o habitual e, correndo a mão ao longo da sua borda superior, encontrou e removeu um pesado apoio de cabeça feito de madeira deixado ali, recolocando-o cuidadosamente no devido lugar depois de entrar no quarto.

Bokuden, então, chamou o segundo filho, Hikogoro. Quando Hikogoro, sem desconfiar de nada, empurrou a porta, o apoio de cabeça caiu, mas ele mais que depressa o pegou e o devolveu ao seu lugar de descanso original.

Então Bokuden chamou o terceiro filho, Hikoroku. Quando Hikoroku, que de longe ultrapassava os dois irmãos mais velhos em habilidade técnica, escancarou energeticamente a porta, o apoio de cabeça caiu e bateu no seu topete. Em uma ação reflexa, Hikoroku sacou da espada curta à cintura e cortou em dois o apoio de cabeça antes que batesse na esteira de tatami do chão.

Bokuden disse aos filhos: “Hikoshiro, o único que pratica o nosso método de manejo da espada é você. Hikogoro, se você se exercitar e não desistir, algum dia poderá alcançar o nível do seu irmão. Hikoroku, no futuro você seguramente causará a ruína desta casa e trará vergonha para o nome do seu pai. Não devo ter alguém tão imprudente quanto você em casa”. E com isso ele deserdou Hikoroku.

Essa história exemplifica o princípio segundo o qual nas artes marciais as faculdades mentais são mais importantes do que a técnica. Aquelas se sobrepõem a esta última.

Outra história bem conhecida pode ser citada para ilustrar o princípio do “pensamento acima da técnica”. Entre os discípulos de Bokuden havia um homem com uma habilidade técnica extraordinária. Um dia, caminhando pela rua, aconteceu de esse discípulo passar por um cavalo muito arisco, que de repente o escoiceou; mas o discípulo imediatamente se virou, evitando o golpe e escapando ileso da agressão. Os espectadores que testemunharam o incidente comentaram: “Ele bem merece ser considerado o maior discípulo de Bokuden. Se Bokuden não legar os seus segredos a ele, seguramente não legará a mais ninguém”.

Bokuden, porém, quando ouviu falar do incidente, ficou desapontado e declarou: “Eu me enganei quanto a ele”, e expulsou o discípulo da escola.

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As pessoas não conseguiam entender o raciocínio de Bokuden e concluíram que não podiam fazer nada além de observar o modo como o próprio Bokuden se comportaria em circunstâncias semelhantes.

Para tanto, as pessoas amarraram um cavalo extremamente sensível a uma carroça deixada numa rua pela qual sabiam que Bokuden passaria e ficaram observando-o secretamente de longe. No entanto, eles viram Bokuden passar, conservando uma boa distância do cavalo e atravessando a rua do outro lado.

Surpresas com o resultado inesperado, as pessoas, mais tarde, acabaram confessando o seu ardil e perguntando a Bokuden a razão da súbita dispensa do discípulo.

Bokuden respondeu: “Uma pessoa com uma atitude mental que lhe permite passar negligentemente por um cavalo sem considerar que o animal possa recuar para cima dela é uma causa perdida, não importa o quanto estude a técnica. Pensei que ele fosse uma pessoa muito mais ajuizada, mas me enganei”.






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ARTES MARCIAIS: UM CAMINHO ESPIRITUAL





O significado das artes marciais autênticas é a elevação do espírito. Em nossos dias, infelizmente, o verdadeiro objetivo do "Budo" tem ficado para trás... de sentimentos como vaidade pessoal, ambição por fama e fortuna ou desejo de reconhecimento público, entre muitos outros.

Com a inclusão de doutrinas como o Confucionismo, o Taoísmo e Zen Budismo as artes marciais resgataram seu sentido original e derivaram de uma conduta puramente física para um "caminho espiritual", tendo desta forma se reconfigurado um código filosófico subjacente a prática.

O Zen Budismo é o sustentáculo das maiores expressões artísticas da cultura japonesa, o ideograma "Do" (Caminho) que é acrescentado as mais proeminentes artes marciais do Japão, tais como: Kendo, Kyudo, Judo, Aikido, Karate-Do, etc... simboliza o conteúdo Zen destas artes de combate.

Segundo diversos historiadores a origem das artes marciais se perdem na poeira do tempo, porém todos estão de acordo ao afirmar que as artes marciais modernas se desenvolveram a partir da viagem do monge Bodhidharma, da Índia para a China. Bodhidharma foi 28º patriarca do Budismo, criou uma nova concepção para os ensinamentos de Buda, denominado "Dhyana" em sânscrito, expressão traduzida como "meditação".

Quando Bodhidharma iniciou a propagação do Budismo na China seus ensinamentos passaram a ser conhecidos como "Ch'an" e Bodhidharma como "Ta Mo". Alguns anos mais tarde, este método foi levado para o Japão, onde recebeu o nome de "Zen" e o mestre passou a ser conhecido como "Daruma Taishi".

Por volta do ano 525 da nossa era, Bodhidharma instalou-se no Templo Shaolin, durante este período instruiu os monges do templo na arte marcial chamada Vajramushti e adaptou os antigos conhecimentos do "Chuan Fa” (Kung Fu) chinês, dando origem ao famoso "Chuan Fa Shaolin". A partir de Bodhidharma toda a linhagem de patriarcas se reiniciou, o 6º patriarca Ch'an, "Hui Neng", conhecido como "Yeno" no Japão, teve dois discípulos que fundaram as duas maiores escolas Zen do Japão, a "Soto" e a "Rinzai".

As artes marciais japonesas foram profundamente influenciadas pelo Zen, e a principal razão para isto é que, no passado, os mosteiros Zen Budistas eram quase exclusivamente repositórios de cultura e de arte. Além disso, os monges Zen tinham a oportunidade de entrar em contato com outras culturas, sendo eles mesmos artistas, acadêmicos e místicos. Sendo assim, Zen não se limitou a esfera religiosa, mas influenciou toda a cultura japonesa, penetrando em cada fase da vida da população.

Desde a pintura, a arquitetura, a cerimônia do chá, a caligrafia, o arranjo floral, a miniaturização de árvores, a dança e o teatro, entre outras formas de arte, estão marcadas pelo Zen Budismo. Tanto que as principais características destas artes são: a simetria, a solitude, a simplificação, a economia de traços, a tendência a expressar o senso de perfeição através do feio e do imperfeito. Tais características emanam de uma percepção central da filosofia Zen, que é: "O Um está no Todo e o Todo está no Um".

O Zen Budismo enfatiza o conhecimento intuitivo chamado pelos japoneses de "Satori" (Iluminação), obtido repentinamente através da prática gradual do "Zazen". O espírito Zen, desapegado de tudo, porém presente em todas as realidades, mescla-se com freqüência ao espírito das artes marciais, alcançando grande aceitação entre os "Bushi" (Guerreiros).

No treinamento Zen budista é importante aprender a controlar as emoções, em vez de ser controlado por elas. Superar aspectos como desejos e insatisfações é extinguir o sofrimento, aprender a aceitar o mundo como ele é e alcançar a verdadeira liberdade. Para o adepto Zen, não basta ver a natureza de "Buda" em todas as coisas, é preciso realizá-la.

O Zen budismo agrega técnicas físicas e espirituais que ajudam o praticante a evoluir dentro das artes marciais, através do entendimento da justa relação entre a prática religiosa e a vida cotidiana, baseadas em um rígido código moral e disciplinar. No suor dos treinos o artista marcial adquire sobre tudo humildade e autoconfiança.

No Zen dá-se ênfase a pratica e não a reflexão, um conhecido pensamento Zen diz: "Prática e conhecimento são senão um". O importante é o aqui e o agora. As pessoas parecem acreditar que vão durar para sempre e que as coisas que as rodeiam são eternas, apegando-se assim a futilidades e valorizando padrões externos em detrimento de seu desenvolvimento interior. Porém, tudo neste mundo está em constante mudança, nada é permanente. O Zen é uma filosofia de vida que ajuda o homem a buscar sua divindade interior.

Existem duas formas de prática do Zen: o "Zazen" e o "Koan". Zazen é um exercício executado ajoelhado na posição chamada "Seiza" ou em posição de "Lótus", quando se exercita a vacuidade da mente. Koan é uma pergunta impossível de ser respondida, sem significado lógico. Sua finalidade esta baseada na "não-racionalidade" do Zen, na qual o discípulo usa a intuição que o Zen procura despertar.

A compreensão do Zen Budismo ajuda a moldar o caráter e desenvolve uma personalidade sadia. O Zen desenvolve fundamentalmente no individuo a sabedoria da arte de viver, na qual não existe hiato entre pensar, sentir e agir. A arte de viver consiste na integração do pensamento, sentimento e ação, fluindo espontaneamente num único movimento de consciência.

As artes marciais e o Zen Budismo, entre tantos outros caminhos, guardam quase como um segredo a ser descoberto a chave para abrir a porta da realização plena. Porém, o artista marcial só triunfará em sua caminhada se estiver habitado pelo "espírito", que o faz agir sem o desejo de benefícios próprios.


*** Pesquisa por: Denis Andretta - Shito-Ryu/RS





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A Aplicação Terapêutica das Artes Marciais




INTRODUÇÃO

Muitas vezes as pessoas procuram tratar seus males das mais diversas formas possíveis. Tentam desde as armas mais convencionais, tais como, a medicina alopática, homeopática, acupuntura até as mais ortodoxas como cura espiritual, magnetismo, xamanismo, cromoterapia, etc.

Independente de qual forma seja tem-se uma preocupação em se tratar este mal já existente, do que tentar encontrar a causa dele, já que com certeza este mal começou a se formar em algum ponto de sua existência, já seja no plano mental, psíquico ou energético.


AS ARTES MARCIAIS E A SAÚDE

Existem dois tipos de Saúde. Uma forma de saúde que a pessoa adquire a custa de medicamentos e uma outra forma mais saudável que se consegue levando uma vida mais natural, sem tantos esquemas e condicionamentos a que está sujeito o homem moderno (embora a doença não seja privilégio apenas do homem moderno).

Uma pessoa que tenha uma boa alimentação durma bem todos os dias, seja alegre, tranqüilo, pratique algum esporte, hobby, ou seja, que esteja bem consigo mesmo terá menor probabilidade de adquirir algum mal, do que uma vida estressada porque seu negócio não dá certo, que coma desordenadamente, que leva uma vida sedentária.


E COMO AS ARTES MARCIAIS PODEM AJUDAR NESTA BUSCA?

Como dizem os médicos, terapeutas, uma prática física com constância pode levar o homem à longevidade. As Artes Marciais tem esse aspecto como um de seus pontos.

Se levarmos em conta nossa constituição física desde o mais denso ao mais sutil, o ser humano está composto por ossos, órgãos, vísceras, músculos, tendões, sangue. Com a prática das Artes Marciais estaremos soltando as tensões musculares, liberando as articulações, corrigindo as posturas, melhorando o fracionamento dos órgãos, oxigenando o cérebro e o sangue de uma forma que não se alcança com medicamentos.

Soltando as Tensões: em uma prática de Artes Marciais (salvo algumas) o primeiro passo para se conseguir realizar bem os movimentos é atingir um total relaxamento. Desde o momento do nascimento somos levados a pensar e a agir de acordo com o que os outros querem. Por nos anularmos assim o corpo cria mecanismos de defesa que são as tensões.

Coluna Vertebral: Considerada e eixo do ser humano, por ela passam canais de meridiano, nervos. Por isso quando temos algum problema com certeza isso se refletirá na coluna.

A coluna se divide em quatro partes, 3 delas articuláveis e uma fixa.

•Zona Cervical: reflete os problemas da cabeça.
•Zona Dorsal: reflete os problemas da zona média. Desde os pulmões até o plexo solar.
•Zona lombar: reflete os problemas da zona inferior. Problemas intestinais, renais, pernas.
•Zona Sacro Cocxigênea: Zona não articulável. Reflete os problemas com o nervo ciático, problemas sexuais, etc.

Se trabalharmos bem a coluna, seja com massagem e com correção postural teremos uma significativa melhora em todo o organismo.

Nas Artes Marciais é fundamental termos uma boa postura, por isso desde as primeiras classes se exige do aluno que comece a corrigir sua postura em conseqüência com o passar do tempo ele vai sentindo um bem estar, melhora o sono torna-se mais tranqüilo, sente que seu ritmo biológico torna-se mais padronizado, Isso ocorre porque com uma boa postura os órgãos, vísceras, ou seja, todo o organismo tem uma melhora em seu funcionamento.

Sistema Respiratório: Este é um outro ponto que damos muita importância nas Artes Marciais. O primeiro ato de um ser que nasce é respirar e também é o último, portanto não podemos passar um instante sem respirar. Um indivíduo que respire mal, normalmente tem uma vida agitada, enerva-se rapidamente, tem pouco poder de concentração, de autodomínio. Nas Artes Marciais o praticante aprende a respirar completo, com todo o seu sistema respiratório desde o baixo ventre até o cérebro, oxigenando todo o corpo. Com a prática constante suas atitudes vão mudando, melhora-se a concentração, tem mais clareza mental, além disto movimento abdominal trabalhará todos os órgãos internos.

Muito mais se poderia dizer deste tema em como produz melhoras no aparelho digestivo, no sistema cardiovascular, porém o mais importante é que o praticante saiba que com a prática ele passa a se conhecer fazendo uma auto-análise e terá técnicas suficientes passa a aplicar aquela que necessita em algum momento.



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SOBRE O “KI”


Segundo o conceito oriental, há milênios desenvolveu-se no oriente uma doutrina que relaciona uma energia com todas as coisas existentes. A esta energia os chineses deram o nome de “CHI”, os Hindus de “PRANA”, os japoneses de “KI”, atualmente denominam-na “Bioenergia”.

O fato de não a percebermos não quer dizer que não exista, pois sem ela não existiria a vida. Também não vemos as emoções, mas pelo fato de senti-las não duvidamos de sua existência, o mesmo ocorre com os pensamentos. O “Ki” não se vê ou acredita, se sente. Um verdadeiro mestre em artes marciais com certeza dirá que seus golpes não se processam apenas a nível muscular e sim que há uma força além do físico muito mais suave, porém muito mais potente que emana de algum ponto de seu ser.

Segundo o pensamento oriental no começo sem começo, o universo infinito não se manifestava como fenômeno, era Uno. Desta unidade não havia movimento, nem futuro, nem qualquer fenômeno relativo. Esta unidade separou-se formando dois espirais de energia que iam da periferia para o centro e do centro para periferia, gerando duas forças primárias; uma centrípeta, contrativa denominada “YANG”, e a segunda expansiva, centrifuga denominada “YIN”. Todos os fenômenos, movimentos existentes no Universo são regidos por estas duas forças.

Estas duas forças são antagônicas e complementares entre si. A força ”YANG” é o caminho da materialização e a “YIN” é via espiritual. Tudo no universo está regido por estas duas forças e enquanto manifestado nada pode fugir a elas. Exemplos de expressão destas forças: Céu e Terra, Homem e Mulher, Sol e Lua, Espírito e Matéria, Bem e Mal, Belo e Feio, etc.

Nada é absoluto em se tratando destas duas forças, pois cada uma leva dentro de si o germe da outra, ou seja, nada é totalmente “YANG” e nada é totalmente “YIN”, apenas que em determinados momentos estão mais “YANG” ou mais “YIN”, mas que inevitavelmente em se atingindo o extremo de uma força se passará a outra. Dentro deste princípio podemos dizer que não devemos nos desesperar com situação nenhuma, por pior que seja, pois ela não é definitiva.

Por exemplo: uma situação onde uma pessoa está no auge de uma doença a única possibilidade possível é de haver uma mudança, ou seja, adquirido um melhor estado de saúde ou morrendo. Em ambos os casos houve uma mudança de polaridade seja se recuperando ou passando de um estado de matéria para um estado de não matéria.

Outro exemplo: se uma pessoa atinge dentro de uma empresa o cargo máximo a única possibilidade de mudança será perder este cargo. E assim todas as coisas que ocorrem no universo seguem esta lei de bipolaridade.

O famoso “I CHING”, livro chinês de sabedoria e previsões baseia-se nestas verdades daí ser chamado o livro das mutações. Na consulta aos hexagramas ele propõe ao consulente paciência e confiança no futuro que as situações se alterarão, e realmente não há nada que escape a essa “lei”, tudo é uma questão de tempo.




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O KIAI


"Kiai” é um termo japonês utilizado no Budo e que se compõe dos Kanji: 気, que se lê “Ki”, e que designa a energia interna, espírito, mente ou vontade. 合, que se lê “Ai”, contração do verbo ”Awasu” que significa unir.

Para os adeptos de uma tradução literal, poderá inferir-se daí o sentido de ”unir o espírito”, mente ou vontade, como a combinação dos Kanji sugere, pelo que a tradução livre passará pela idéia de concentrar a mente ou a vontade num só objeto ou propósito.

O conceito japonês, em si, veio da influência Chinesa e do grito utilizado pelos monges de Shaolin ao exercitar o “Qi Gong”. Apesar de ter sido disseminado devido à propagação da prática do Karate-Do, o Kiai pode encontrar-se em quase todas as artes marciais, nomeadamente sob outras designações, como será o caso das artes marciais de origem coreana, onde tem o nome de Kihap.

Também é chamado “o grito que mata” e existem inúmeras lendas que lhe atribuem estranhos poderes - segundo algumas seria possível, através dele, paralisar ou mesmo matar um adversário. Contam as lendas que o som produzido pelo Kiai pode produzir efeitos psicológicos, nomeadamente desconcentrando o adversário. A parte não mítica será a de que numa situação de combate, um simples piscar de olhos é o suficiente para criar uma abertura que possa ser utilizada em nosso favor - é o que alguns mestres japoneses costumam chamar de Kiai o Kakeru – “revelar o Kiai” - que significa surpreender o oponente com um grito acompanhado de uma concentração muscular no centro de gravidade ou Hara (o que equivale a dizer que se vier apenas da garganta não tem utilidade) e que pode ser usado não só em situações de ataque, mas também de defesa.

Na realidade, mostram-nos os olhos da ciência atual, que se trata do uso consciente de um mecanismo que já todos usamos correntemente e que é feito através da contração abdominal quando se levanta um peso, aliado ao ato de expirar, enquanto forma rudimentar de Kiai. Desta forma, o Kiai está profundamente ligado à respiração e pode ser dividido em duas fases: A contração e o impulso.

Na primeira fase dá-se a contração dos músculos abdominais e inspiração. Enquanto a contração abdominal prepara a impulsão da energia, a inspiração favorece a circulação do oxigênio indispensável a qualquer atividade.

Na segunda fase dá-se a ação propriamente dita (levantar pesos, atirar, empurrar ou desempenhar uma técnica). Quando o ar é expelido, este é acompanhado de um grito, o Kiai, que pode ter qualquer sonoridade que seja adequada ao executante, embora seja mais freqüentemente monossilábico. Experimente-se, em situações de tensão muscular, suster a respiração - o resultado será o aumento da pressão sanguínea de uma forma prejudicial não só ao organismo mas também à atividade em causa.


Segundo a tradição, existem duas formas de Kiai:

Grito sonoro que provém do Hara (centro de gravidade situado no baixo ventre, mais precisamente entre os ossos da bacia, e que condiciona a estabilidade do corpo e os seus movimentos) e que é simultâneo à expiração e à contração abdominal.

Grito silencioso que projeta a energia e que se pode manifestar no olhar. Têm o mesmo objetivo que os anteriores, emitir vibrações susceptíveis de perturbar o adversário, mas também reanimar aqueles que perderam os sentidos graças ao choque produzido pela vibração.

Enfim, entre a lenda e a ciência, a verdade é que o Kiai faz parte de qualquer arte marcial, principalmente no Karate-Do, e amplamente utilizado ao nível do Kata. Uma das questões que mais se debate é, afinal onde se situa o Kiai de um Kata?

Efetivamente, a nível competitivo há uma localização específica, mas isso, nas palavras de um mestre do Karate-Do, seria “executar quando sentir o momento”…


* Autor Desconhecido.


Fonte: http://xlandxs.wordpress.comEsta mensagem foi enviada por Denis Andretta.





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FELIZ PASCOA









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KARATE KID Lyoto Machida, paraense que já foi campeão do UFC

 Como um nissei de Belém do Pará com um corpo aparentemente normal derrota verdadeiras máquinas de luta e se torna campeão mundial invicto de vale-tudo? Na entrevista a seguir, Lyoto Machida oferece algumas respostas: um investimento tão forte na parte mental quanto na física, algo raro nesse universo, e um mergulho na essência do caratê, transmitida por seu pai Yoshizo. Parece que está dando certo: 16 vitórias em 16 lutas e o cinturão do UFC dos meios-pesados. “Não quero ser mais um campeão”, Lyoto avisa. É a volta do caratê às manchetes. É a era dos Machida no vale-tudo





Yoshizo e Lyoto no quintal da casa do pai sob a placa Shin Sato (nome dos avôs do lutador, que batizaram um sítio que Yoshizo teve no Pará)
Yoshizo e Lyoto no quintal da casa do pai sob a placa Shin Sato (nome dos avôs do lutador, que batizaram um sítio que Yoshizo teve no Pará)


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PARABENS À TODAS AS MULHERES PELO SEU DIA








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A xícara existe por si mesma?


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KARATE BUDO





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Carta escrita por Kiichi Hiraishi para a Associação Londrinense de Karate.
Silveira-san

Ao pessoal da academia e Tomico-san tudo bem com vocês?
Hoje já é 15 de janeiro de 2013!
Festejamos o ano novo com muita alegria e cumprimentos e maioria começa a trabalhar no dia 5 ou 6.
No nosso Karate Kyokai tivemos reuniões e festas do ano novo e planejamentos para o ano todo.
Fomos convidados pela redondeza do nosso Karate para 1° dia de treino e como manda a nossa tradição, fazemos a oferenda de “moti” para Deus, agradecendo o ano que inicia, e desse “moti” fazemos o “Zenzai” e todos comemos e festejamos com pensamentos positivos.
Dia 10 de janeiro recebi o presente com a assinatura de todos, aquela bola linda do Brasil e Japão, fiquei muito impressionado!
E a garrafa de cachaça que chegou intacta! Fiquei muito feliz e ao mesmo tempo, o quanto de carinho que sinto por vocês! Fico pensando como que deu para mandar...
Como que chegou até aqui!!!!
E obrigado também pelo café gostoso.
Nesta época aí no Brasil deve estar muito quente ao contrário do Japão, que aqui estamos como se estivesse dentro do congelador com temperatura de 0° C a 3,4° C negativo.
Kiyoto é uma região do Japão que sempre é mais frio, do joelho para baixo até a ponta dos pés, tem que estar sempre movimentando para não ficar congelado.
Não temos aquecimento no dojô portanto fazemos bastante aquecimento antes das aulas.
Obrigado a Sumaru-san, Aurea-san e Maruyama-san e Tomico-san, e ao pessoal da Academia.
Desejando um feliz ano de 2013.
Ao Silveira-san obrigado, muito obrigado. Cachaça arigatô.
2013.1.10
Kiichi Hiraishi



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NÃO IGNORE ISSO, POR FAVOR LEIA :

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Estar realmente presente


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KARATECA ESTREIA EM MUNDIAL - Rubem Cauduro da ALNKK



Rubem Cauduro da Associação Londrinense de Karate



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Feliz dia dos Professores à todos os Professores que de uma forma ou outra sempre ensina ou ajuda o próximo. Em especial aos nossos professores Norio, Silveira e Cauduro. que são mais que professores são como nossos Pais. Obrigado por tudo. OSS


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Feliz dia das Crianças !!


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KARATE BUDO






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Karatê - Filosofia de Vida












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Limpando o Espírito





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Gichin Funakoshi








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R E I G I - COMPORTAMENTO EDUCADO NO DOJO





CONCEITO DE ETIQUETA SOCIAL :

São regras que possibilitam a convivência social de forma harmônica, no trabalho, nas escolas, durante as refeições, na forma de conduzir uma conversa, na maneira de vestir-se,
no envio e no recebimento de correspondências ( cartas, emails, etc.). O mais importante é ter bom senso. Nós devemos nos adaptar ao mundo e não o contrário.
Exemplos: No trabalho não utilizar a Internet para proveito próprio (redes sociais); nas escolas não utilizar o celular durante as aulas; vestir-se de acordo com o ambiente para não se destacar (peixe fora do aquário); utilizar linguagem correta no envio de emails. À mesa: guardanapos de tecido sempre no colo; regrinha do cotovelo ( sempre, às vezes, jamais ), não palitar os dentes; nos restaurantes de frutos do mar a lavanda é para limpar as mãos; usar o guardanapo antes de beber (não manchar o copo); nos restaurantes japoneses a toalha quente é para limpar as mãos; nunca desmanchar os sushis e não banhá-los no shoyu; nunca beber antes do mais graduado. Evitar o excesso de álcool. Evitar fazer morro, dois andares ( excesso de comida) no prato. Para os homens que vestem paletó, deixar sempre o ultimo botão sem abotoar e saber a diferença de terno e costume; não mostrar a sola dos pés; etc.



ETIQUETA NO DOJO
Também chamado de REIGI. São regras de conduta exigidas nas artes marcias de origem japonesa. São formas de externar o respeito e a disciplina de maneira formal. Sofre variações de dojo para dojo, quem determina as regras do dojo é o Sensei.

Palavras do Sr. Nobuyuki Nakahara Sensei: Atualmente há quatro formas de abordar e ensinar o karatê:
1- Karatê como forma de ginástica, simples programa de tonificação muscular.

2- Karate como esporte, jogo, competição, onde usa-se mascaras, luvas e o vencedor
é quem faz mais pontos de acordo com as regras de quem promove o evento.

3- Karatê como entretenimento para agradar uma grande multidão, onde a agitação e o
sangue escorrido dos lutadores agradam ao público em geral, ( UFC, Pride, K1).

4- E a quarta maneira é como uma arte marcial ou Budo (o caminho marcial ). Este é
o caminho da JKA/ NKK.

Sendo então arte marcial, é primordial e obrigatória a utilização do REIGI no aprendizado e no ensino do karatê. Lembrando que num sentido mais profundo o karatê é baseado no bushido, onde as regras de conduta do samurai eram tão importantes quanto sua
habilidade nos campos de batalha.


IMPORTÃNCIA - A Nihon Karatê Kyokai Honbu-Dojo em seus Gashukus ( 2 x por ano ) faz questão de abordar o REIGI.



1- Tão importante quanto aprender a dar chutes e socos é aprender o comportamento
adequado a determinada situação e a maneira correta de externar esse comportamento.

2- É importante saber lutar selvagemente e em contrapartida portar-se com educação e sutileza de um verdadeiro gentleman. (verdadeiro budo-ka).

3- Com as pequenas demonstrações de etiqueta e educação é que se reconhece o
verdadeiro karateca, que é diferente de um amontoado de pessoas truculentas
praticando violência gratuita.

4- Preservar o espírito de Kokufu Bunka Karatê-Dô, i.e., manter costumes do Karatê
com base na antiga tradição do Bushidô japonês. Pois REIGI é uma das sete
virtudes do guerreiro japonês : Seigi : determinação, Yuki : bravura heroísmo
Jiin : compaixão, Reigi: respeito ação correta, Makoto: verdade sinceridade,
Meiyo: honra e glória, Chugi: devoção lealdade.

5- Karatê começa com Rei e termina com Rei. Karate-dô wa rei ni hajimari rei ni
owaru koto a wasaruna. ( G.Funakoshi em seu Nijukun ).

6- No dojokun : Reigi o omonzuru-koto. Respeito acima de tudo. Importante também é saber externar esse respeito.
Cumprimentos são atos de respeito às pessoas que demonstram respeito (Y.Sasaki).

7- Formalidades no dojo similar a formalidades da vida ( pessoas com boa educação
aumentam as chances de ascensão profissional e social ).

8- Reigi ajuda com o passar dos anos a segurar e controlar as emoções: arrogância
grosseria, prepotência, soberba. Ajuda o karateca a pensar em grupo e não
individualmente. Organiza a hierarquia dos praticantes.

9- Harmoniza o grupo para um determinado objetivo.








ANTES DE ENTRAR NO DOJO :

Cuidados com sua apresentação pessoal: banhos tomados, dentes escovados, barba feita, unhas aparadas, pés limpos, higienizados e sem odor, evitar perfumes fortes.

O dô-gi deve estar limpo, com todas as tiras amarradas, não andar com a faixa pendurada no pescoço ou nos ombros.

Remover relógios, anéis, brincos, alianças, colar, cordão e qualquer outro adereço ou acessório.

Trocar de roupa em local apropriado. Chinelos com a ponta virada para a parede. Não ficar se arrumando, penteando os cabelos, na frente dos colegas e principalmente na frente do Sensei.

Não levar e consumir alimentos, bebidas inclusive água, balas, chicletes, para dentro do dojô.

Não chegar atrasado. Se isso ocorrer, permanecer em seiza até autorização p/ entrada. Seiza não é ajoelhar e também não é agachar.





PROTOCOLO DE INICIO Sensei se posiciona de frente ao Kamiza.
Karatecas que se encontram fora do dojo levantam em sinal de respeito.
Senpai comanda: Alinhamento
Seizá
Mokussô
Kaigan (mokussô yamê)
Shomen ni Rei
Sensei ni Rei
Senpai inicia o aquecimento que terá a duração de no máximo 10 % da duração da aula, respeitando assim SHIN-GI-TAI. 60,30,10.


Curiosidades:

Objetivo do Mokussô : KOKYU WO TOTONOERU, KOKORO WO TOTONOERU – ajustar, organizar a respiração com a mente ( coração, espírito ). Preparar-se mentalmente para uma intensa atividade. Desacelerar-se das atividades diárias e buscar um estado de equilíbrio. Limpar a mente ( buscar estado de espírito de Mushin ).

Tempo de Mokussô : SHIN KOKYU DYU KAI (dez respirações profundas).







PROTOCOLO FINAL
Sensei se posiciona de frente ao Kamiza.
Karatecas que se encontram fora do dojo levantam em sinal de respeito.
Senpai comanda: Alinhamento
Seizá
Mokussô
Dojokun
Kaigan (mokussô yamê)
Shomen ni Rei
Sensei ni Rei
Otagai ni Rei
Esperar Sensei sair do Dojo, levantar por ordem de graduação. Limpar Dojo.




DURANTE A AULA

1- Silencio, falar o mínimo possível e somente sobre a matéria da aula.

2- Não cruze os braços, não coloque as mãos na cintura.

3- Não encoste nas paredes.

4- Olhe para o Sensei quando ele estiver explicando algo.

5- Não questionar a aula para demonstrar erudição, conhecimento, inteligência. Você esta no dojo para aprender e não para satisfazer seu EGO. Pergunte o que realmente tem duvida.

6- Menos graduado não corrige, não chama atenção do mais graduado. Lembrando que há respeito à hierarquia mesmo entre pessoas de mesmo kyu ou dan.

7- Se você estiver com dificuldade para executar uma técnica, primeiro observe os outros, se ainda não conseguir realizá-la peça auxilio ao instrutor ou Sensei.

8- Quando Sensei estiver demonstrando um exercício, sente-se primeiramente em Seizá para demonstrar educação e respeito, após se estiver cansado sente-se em Agurá ( pernas cruzadas ), nunca estique as pernas.

9- Se estiver visitando algum dojo, tenha senso de observação. Em Roma seja um romano. Tenha sempre a mente de principiante (SHU). SHU-HÁ-RI ( defesa, ruptura, expansão, fases evolutivas do aprendizado de Bu-Dô ).

10- Para perguntar algo, primeiro formule mentalmente a questão e só após, se tiver coerência e lógica pergunte. Evite criar constrangimento para si com perguntas sem sentido ou mal formuladas. (alguém já sentiu vergonha alheia ?).

11- Mantenha a mente clara, não se apegue às palavras, capte o verdadeiro objetivo do ensinamento. Exs. Matar adversário. ( apenas conceito ). Chutar mawashi-geri como mãe-geri ( não é para criar uma nova técnica ), colocar sangue no katá ( não é para se ferir).

12- Se tiver algum relógio de parede ou similar, evite olhar para ele. Parece estar descontente com a aula.

13- Nos exercícios (katas) esperar a contagem do Sensei. Dominar a ansiedade faz parte do aprendizado. O comando de YAME deve ser obedecido prontamente.

14- Treinamento em dupla : cumprimentar olhando os olhos do adversário. Diferente do cumprimento de respeito para com autoridades, visitas, Senseis, Kamiza.




QUANDO ESTIVER SUBSTITUINDO SEU PROFESSOR

1- Karatê é visual. Falar menos demonstrar mais.

2- As aulas devem obrigatoriamente ter um horário inicial e um horário para termino. As aulas devem ter começo, meio e fim. Se não tem segurança, prepare a aula antes, ou siga um roteiro para evitar situações vexatórias.

3- Você está ensinando karatê, e não filosofia budista, xintoísta, anatomia. Você também não é um oráculo, profeta ou xamã. Ensine filosofia do budo que outros aspectos da vida virão a tona naturalmente. Cuidado para não emitir pseudo-conhecimentos.

4- Procure ensinar somente o básico, os fundamentos. Cada aluno desenvolverá sua própria habilidade. Simples bem feito derruba adversário. Golpe bonito é para tirar foto e colocar na parede.

5- Não utilizar exemplos envolvendo religiões, raças, crenças etc., evite denegri-las de qualquer forma. O mundo é uma pluralidade de idéias. Cada um...Cada um...

6- Você exige respeito e disciplina. Tenha respeito e disciplina. Hipocrisia é tentar convencer-se da própria mentira.

7- As metodologias de ensino aplicadas nas universidades, são aplicáveis ao karatê, procure se inteirar sobre elas. Ex. metodologia do ensino superior ( G.Funakoshi sempre ensinou o karate nas universidades : Takudai, Waseda, Tóquio, Keio, etc.).






IMPORTANTE

1- Não chamar professores japoneses e/ou tradicionais pelo pré-nome, mas sim pelo nome de família ( sobrenome ) seguido por sensei. Ex.; Silveira Sensei.

2- Não estabeleça contato físico com alguém de hierarquia maior que a sua, a não ser que ela inicie contato. Ex: aperto de mão, tapinha nas costas, abraços, etc.
3- Evite costume brasileiro de intimidade, sempre conserve a formalidade, principalmente com Senseis japoneses ( ele veio para ensinar e não para fazer amizade com você ), visitantes de outra academia, autoridades. Ex: abraçar para tirar foto,contar piadas, rir e falar alto, fazer brincadeiras, etc.

4- A iniciativa do cumprimento ritsurei é da pessoa com hierarquia inferior. Após assuma postura ereta demontrando atenção. OBSERVAÇÃO: existe diferença no cumprimento ritsurei para adversário e para com seu sensei e/ou autoridades. Não tirar os olhos do adversário que você poderá ser atingido, é um descuido seu. EX. Mau caráter em competições: estenderá as mãos para você que inocentemente levará um mãe geri fatal.


5- Não se influenciar por atitudes heterodoxas, ou diferentes no meio do karatê. Nosso exemplo é nosso Sensei. Ex.: karatecas utilizando tênis de taekwondo para treinar, karateca faixa preta usando faixa branca, azul ou coral, karateca dentro do dojo, trajando bermuda com casaco do kimono ( horrível ).

6- Jamais tente se impor por sua força física, qualidade técnica, habilidade pessoal fora do dojo, com palavras intempestivas, inconseqüentes e grosseiras. Não traga para o dojo os fracassos ou os sucessos da sua vida pessoal. Dentro do dojo todos são iguais.


7- Importância do Sensei em uma academia de Budo, consiste em ser possuidor de conhecimento técnico, teórico, iluminador do caminho, mas principalmente em ser herdeiro de uma linhagem de anos. Somente um sensei por academia ou grupo de academias, visando assim a unidade de pensamento e ações.

8- Hierarquia do kokufu bunka karate-do, similar a hierarquia do bushidô japonês da época dos samurais ( Imperador-Shogun-Daimyo-Samurai )


9- Lealdade do Samurai ( 47 honin ) igual lealdade do karateca perante sua academia e seu Sensei.

10- Existe uma enorme diferença em obter conhecimentos na Internet ( limitado e virtual) e processar e aplicar esses conhecimentos no dojo e na vida. ( ilimitado e real ).


11- Seja sempre um pacificador, busque a Grande Paz, procure não falar mal dos outros, não comparar pessoas, não discutir aspectos internos do dojo com visitas, não incentivar ou alimentar discórdia entre pessoas. Harmonizar sempre. O maior beneficiado será você mesmo. Ex. Katá kankudai integração entre corpo, mente e espírito.

12- O maior inimigo a ser derrotado é você mesmo, ou seja seu EGO. Vaidade, inveja, prepotência, orgulho, visão distorcida da realidade, preguiça, desanimo, etc.
Exemplo comparativo:
-Pessoas pobres de espirito ostentam seu dinheiro, seus carros de luxo, suas casas confortáveis, as viagens que realizaram, seus títulos acadêmicos, seus amigos importantes.
-Karatecas sem espírito de budo além de ostentar as mesmas coisas citadas, ostentam a força física que adquiriram nos treinos, habilidade técnica, medalhas, graduações elevadas, faixas desbotadas (ou lavadas) para demonstrar antiguidade.
São todos farinha do mesmo saco. Ou melhor dizendo acho que o karateca que teve a oportunidade de aprender ensinamentos do Budô está em pior situação. Karatê não ensina ser pobre, ensina ser humilde,





RESPEITO E DISCIPLINA

São a base de todo aprendizado do karatê e da própria vida, são “conditio sine qua non” para se atingir outros patamares do estudo da filosofia do Budô.
Ex. zanshin aplicado na vida financeira, metsuke para uma visão do todo, maai físico e psicológico, sutemi verdadeiro e não um aparente desprendimento, meikyo shissui evitando ilusão da mente, heijo shin quando surge problemas na vida pessoal, kyo e jitsu aplicado aos negócios, satori como principal objetivo do homem, etc.




Marcos Oyamada, agosto/2012.




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Carta escrita pela Zuleica


Cornélio Procópio, 18 de julho de 2012

OSS...

É muito gratificante estar hoje aqui para comemorarmos o aniversário de 30 anos da Associação de Cornélio Procópio.

São muitos anos de desafios e sucesso!
Nada foi fácil, ficamos muito tempo treinando nas praças e no ginásio de esportes. Mas foi graças à sensibilidade do prefeito da época, Hermes Fonseca, que conseguimos o terreno que é a sede de hoje. Muito obrigada Hermes, por ter acreditado no nosso potencial.

Parabéns a todos os alunos e professores, que compõem a Associação Procopense de Karate!
Também agradecemos ao sensei Norio Haritani que deu origem a todo o karate do Paraná.
Também temos a participação, que foi determinante para todo este sucesso, a atenção e o sacrifício do sensei Luiz da Silveira, que vinha todos os domingos cuidar de tudo até a Associação se firmar.
Sensei, o nosso muito obrigado, de coração!

Hoje o trabalho é muito mais fácil, a sede é muito confortável e abriga muito bem a todos.

Parabéns mais uma vez e sucesso sempre à Associação Procopense que cultiva esta arte tão magnífica que é o karate!

OSS...
Zuleica Lazari





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